O garimpo segue em plena atividade na Terra Indígena Yanomami causando mais morte. Dessa vez, duas crianças da comunidade Macuxi Yano, região do Parima, brincavam próximo a uma balsa de garimpo instalada no rio, quando “foram sugados e cuspidos para o meio do rio e levados pela correnteza”, lamentou a Hutukara Associação Yanomami, em nota divulgada nesta quarta-feira (13), quando o corpo do menino de 5 anos foi encontrado. Mergulhadores do Corpo de Bombeiros de Roraima realizam buscas ao menino de 7.
“A morte de duas crianças é mais um triste resultado da presença do garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami, invadida por mais de 20.000 garimpeiros até setembro de 2021”, diz a nota. Segundo o documento, a área de floresta destruída pelo garimpo ilegal na TI superou a marca de 3 mil hectares, um aumento de 44% em relação a dezembro de 2020, somente na região do Parima.
A Fundação Nacional do Índio (Funai) foi acionada pela associação Yanomami mas, até a publicação desta matéria, não havia se pronunciado sobre o caso.
Também acionado, o Conselho de Saúde Indígena Yanomami e Ye’kuana (CondisiYY) enviou um ofício ao Corpo de Bombeiros, que também trabalhará nas buscas da criança indígena desaparecida com aeronaves e mergulhadores.
“Além das regiões altamente impactadas, como Waikás, Aracaçá e Kayanau, o garimpo avança sobre novas regiões: em Xitei e Homoxi, a atividade teve um aumento de 1000% entre dezembro de 2000 e setembro de 2021”, alerta a Hutukara, sobre a invasão do território. O aumento da atividade ilegal reflete na insegurança, violência, doenças e morte para os Yanomami. “As autoridades brasileiras precisam continuar atuando”, diz a Hutukara.
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Com Mídia NINJA
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