Nova fase contempla testes em larga escala para comprovação da eficácia e segurança da chamada CoronaVacA Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou nesta sexta-feira (3) início da terceira fase de testes de uma vacina contra a covid-19 a pedido do Instituto Butantan, em São Paulo, que firmou parceria no início de junho com a farmacêutica chinesa de biotecnologia Sinovac.
Para essa fase de testes serão escolhidos 9 mil voluntários distribuídos em São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e Distrito Federal.
A fase 3 de testes da chamada CoronaVac é a última etapa antes do registro por órgãos reguladores – este novo momento contempla testes em larga escala para comprovação da eficácia e segurança da utilização da vacina, isto é, se ela é capaz de criar anticorpos para imunizar contra o coronavírus.
De acordo com o governador de São Paulo, João Dória (PSDB), caso comprovada a eficácia da vacina, ela será produzida no país e disponibilizada pelo SUS a partir de junho de 2021.
Cada vez mais a corrida na busca por uma vacina segura e eficaz se acelera a nível internacional. Até o final de junho, havia cerca de 150 projetos em desenvolvimento por pesquisadores de todo o mundo. No entanto, há também preocupações a respeito do acesso da população a esta solução por conta do preço.
Produtos protegidos por patentes, que impedem a produção de genéricos, têm seus preços definidos livremente pelos laboratórios fabricantes. Para tentar lidar com esta situação, a Organização Mundial da Saúde (ONU) trabalha na criação de um fundo mundial para financiar a vacina contra a covid-19.
No final de junho, o Ministério da Saúde anunciou investimento de 27 milhões de dólares (R$ 695 milhões) em acordo com a Universidade Oxford, do Reino Unido, e com a farmacêutica britânica AstraZeneca, para compra de insumos e tecnologia para produção de vacina contra o coronavírus no Brasil.
Neste contexto, na última quarta-feira (1), a Fiocruz informou que pode produzir cerca de 30 milhões de doses de uma vacina contra a covid-19 entre dezembro de 2020 e janeiro de 2021, caso os resultados das pesquisas clínicas continuem promissores.
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Brasil de Fato
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