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Policlínica Itinerante do Hangar mantém assistência a casos suspeitos de covid-19

Coordenadora da Policlínica Itinerante do Hangar garante que o local é a única diferença entre o atendimento de agora e o da Poli Metropolitana

Foi grande a procura por assistência médica no segundo dia de funcionamento da Policlínica Itinerante montada no entorno do Hangar Convenções e Feiras da Amazônia, em Belém. No fim da tarde desta quinta-feira (2), a equipe médica contabilizava 175 pessoas atendidas na estrutura voltada exclusivamente para pacientes com sintomas de Covid-19. O atendimento vai das 8h às 18h.

O faxineiro José Marreiros foi um dos que buscaram a Policlínica do Hangar. "Estava me sentindo mal, minha mulher e meu filho estão com a Covid-19. O atendimento foi excelente. Se em todos os lugares fosse assim, estaríamos muito melhor", disse.

A médica atendente Rafaella Macedo chegou cedo para preparar o local de consulta. "A maioria relata sintomas que começaram ainda em abril, e alguns trazem sintomas novos. Os mais comuns são febre, dor nas costas e falta de ar", relata, reforçando a importância de buscar ajuda no início dos sintomas.

"Quando o paciente procura mais cedo, a gente pode fazer orientações e o escalonamento da gravidade dos sintomas. O tratamento precoce ajuda a não evoluir para o quadro clínico grave. Se o sintoma for febre, sem nada respiratório, o ideal é ficar em casa, mas havendo falta de ar, é fundamental buscar avaliação", recomenda.

Protocolos - A médica coordenadora da Policlínica Itinerante do Hangar, Fernanda Moreira, garante que o local é a única diferença entre o atendimento de agora e o da Poli Metropolitana, que retomou as atividades originais nesta quinta (2). O processo é o mesmo: quem tem sintomas leves e moderados passa pela pré-triagem com a equipe de enfermagem, que faz um rápido cadastro do paciente para saber se o que é relatado tem a ver com o quadro de coronavírus. "Se é identificado que os sintomas não batem, a gente não expõe a pessoa a um ambiente onde há outros com suspeita da doença", justifica.

Em seguida, é feita a consulta médica. Havendo necessidade, a equipe pode solicitar tomografia e exames laboratoriais junto ao Hospital de Campanha do Hangar. Se o médico achar necessário, receita o tratamento, que é entregue na hora ao paciente. 

A estrutura montada com as unidades móveis itinerantes conta com quatro consultórios e 20 profissionais, entre médicos, enfermeiros e assistentes administrativos. A expectativa é atender cerca de 250 pessoas por dia. Para ser atendido, é necessário apresentar documentos pessoais, como RG, CPF e cartão do SUS. "Os médicos que trabalham na Poli Itinerante já têm vasta experiência.Eles estão em contato com pacientes de Covid-19 desde o início da pandemia, pois atuavam na Poli Metropolitana", reforça Fernanda.

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Agência Pará