Identificar o quantitativo de pessoas infectadas ou não pelo novo coronavírus, além de medir a expansão da pandemia em Belém e municípios do interior. Esses são os objetivos de uma pesquisa epidemiológica que o governo do Pará começa a realizar, nesta segunda-feira (29), nas oito regiões de regulação do Pará
Segundo Maitê Gadelha, diretora técnica da Secretaria de Estado de Saúde (Sespa), serão utilizados testes rápidos, por meio da furada de dedo. “Dentre os principais objetivos estão, justamente, o de identificar esse número de pacientes que já foram infectados e ver essa previsão epidemiológica da doença no Pará como um todo”, destacou.
O projeto será coordenado por técnicos da Sespa, professores da Universidade do Estado do Pará (Uepa) e pesquisadores do Instituto Acertar, que é uma instituição da Região Norte especializada em pesquisas quantitativas e qualitativas.
Método: para a testagem, serão utilizados testes rápidos, por meio da furada de dedoOs resultados do estudo ‘Evolução da Prevalência de Infecção por Covid-19’ vão subsidiar o planejamento, assim como a implementação de políticas públicas eficientes para o enfrentamento da doença em todas as regiões paraenses.
Quantitativo - A pesquisa será aplicada em 52 municípios paraenses, escolhidos conforme setores censitários do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em todas as cidades, serão desenvolvidos inquéritos epidemiológicos, tanto na zona rural quanto na urbana.
O levantamento será dividido em duas etapas: a primeira será a aplicação de questionários de múltipla escolha, para identificar o perfil demográfico e socioeconômico da população, assim como a presença ou não de sintomas da doença, a relação com a pandemia e com as medidas de proteção contra o vírus; a segunda será a testagem aleatória para a Covid-19, chamada de ‘Teste do IGG’, a qual inicia já nesta terça-feira (30), em Belém e Ananindeua, ambos da Região Metropolitana de Belém.
Na próxima semana, a partir do dia 6 de julho, a testagem segue para os outros 50 municípios. Após 20 dias, em média, a mesma metodologia é repetida nas localidades. “Com isso, conseguimos medir a prevalência e a velocidade da expansão da pandemia, ajudando os órgãos a se planejarem. A ideia, inicialmente, é testar 27 mil pessoas aproximadamente”, informou Clay Anderson Chagas, professor da Uepa.
A expectativa é que sejam abordadas pessoas de ambos os sexos, com idade igual ou superior a 16 anos, residentes nos domicílios de abrangência do estudo.
A pesquisa utilizará os testes rápidos como base, os quais emitem resultados após 15 ou 20 minutos e indicam se a pessoa tem ou não os anticorpos do novo coronavírus. Segundo o professor da Uepa, as equipes devem ficar de 4 a 5 dias em cada região.
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Agência Pará
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