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Cultura

Em parceria com o Governo do Pará, festivais de música reúnem diversos artistas em Belém

A 17ª edição do Festival Se Rasgum, realizado entre os dias 09 e 12 de novembro, reuniu artistas tanto da cena musical do Estado quanto nacional e internacional, misturando rock, rap, pop alternativo, MPB, samba e muitas performances. A programação teve apoio de estrutura e concessão de espaço do Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), que também vai apoiar o Festival Psica, a ser realizado nos dias 16, 17 e 18 de dezembro, em Belém.

Para Marcelo Damaso, que, ao lado de Renée Chalu, é um dos diretores gerais do Se Rasgum, o festival não acaba em cima do palco, ele é uma construção e atua como uma vitrine para novos artistas. “Isso inclui muitas ações que vão além do festival em si. Na semana de formação, nós falamos sobre os convidados que vêm para Belém, sobre programadores que vêm ver artistas daqui para levar para seus festivais. Nossas ações gratuitas no píer das Onze Janelas reúnem mais de 5 mil pessoas. Então, é muito importante esse apoio para alavancar a música daqui”, ressalta.

A última edição do Se Rasgum no formato arena ocorreu em 2019, antes da pandemia. De acordo com Damaso, durante os últimos dois anos, foram realizadas algumas ações menores em outros espaços, mas a expectativa para o retorno do festival em seu formato original era grande.

“Fizemos muita coisa este ano, mas voltar agora ao que é a nossa essência foi uma experiência muito interessante, porque percebemos que o público estava muito ansioso, mas também ficamos muito felizes com a programação que proporcionamos. Não houve sequer um show fora do lugar. Achamos que, de todas as edições, essa foi uma das mais especiais artisticamente, não só olhamos para a música daqui de Belém, do nosso entorno e do Brasil, mas também foi a edição com mais artistas internacionais: três franceses, um inglês e um jamaicano”, detalha Marcelo.

Festival Psica

Com um line-up diversificado, o Festival Psica reunirá 40 atrações em quatro palcos. Entre os nomes confirmados, estão: Daniela Mercury, Liniker, Luedji Luna, MC Nanina, Flora Matos, Urias, Baco Exu do Blues, BK, Victor Xamã, entre outros artistas nacionais, além dos regionais Arraial do Pavulagem, Filhos de Maiandeua, Sereia do Mar, Lia de Itamaracá, Tambores do Pacoval e o Baile do Mestre Cupijó. Este ano, o festival vai completar 10 anos de existência.

“Desde a sua criação, em 2012, o Psica tenta dar espaço de protagonismo para pessoas amazônidas, pretas e periféricas. A gente sempre fala muito do processo de descolonização, de negar padrões estabelecidos e mostrar a nossa forma de consumir cultura. E ano após ano, o perfil do nosso público vai se estabelecendo dessa forma. Em 2022, queremos trazer manifestações de outros municípios do Estado, como o levantamento do mastro das marujadas do nordeste paraense, entre outras formas de fazer Belém sair um pouco de cena e dar espaço para essas outras localidades”, destacou Jeft Dias, idealizador do Psica.

Para ele, o apoio institucional é fundamental para impulsionar a economia criativa e incentivar o trabalho de diversos artistas da região. “Desde as primeiras edições, a Secult vem sendo uma grande parceira do festival, e é incrível, porque quando o Estado vai lá e decide apoiar um evento como esse, ele está chancelando toda a história construída ao longo de dez anos. O secretário Bruno Chagas tem nos recebido para dialogar constantemente. Então, estamos muito agradecidos, acreditamos que essa parceria está só no início e tem muita coisa ainda por vir. Como não temos patrocínio, se faz mais importante ainda o apoio do Estado. A cadeia produtiva da economia criativa movimenta a economia local e o turismo, então vêm daí as vantagens de estar presente nessas iniciativas”, frisa.

O titular da Secult, Bruno Chagas, ressalta que o diálogo com essas iniciativas é fundamental para o trabalho da Secretaria de fomentar e incentivar a cultura local. “Esses festivais têm uma característica regional muito alinhada à linguagem urbana e periférica da nossa região, mas também trazem nomes importantes de outras cenas musicais. Com isso, promovem uma visibilidade maior para alguns nichos da cadeia da cultura, gerando vários empregos diretos e indiretos. Todo esse movimento reforça a importância dessas iniciativas para o crescimento e fortalecimento da cultura no Estado e a necessidade de estarmos alinhados para oferecermos o melhor para o público”, pontua.

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Ag. Pará