A imagem peregrina desceu na escadinha após o Círio Fluvial na manhã deste sábado (08). Entretanto o espetáculo das águas não encerrou aí. Um rio de gente invadiu o Boulevard Castilhos França com barquinhos e brinquedos de miriti dançando sobre os participantes do Arrastão do Círio.
Uma das manifestações culturais mais importante do Círio de Nazaré, o Arrastão do Círio, integra a agenda oficial a partir deste ano. Para Júnior Soares, um dos fundadores do Arraial do Pavulagem, a alegria de retornar é fantástica.
“Passamos muito tempo sem estar na rua e toda a manifestação cultural que nós fazemos, tanto do boi quanto do Círio, precisa da presença das pessoas. Então ficamos muito tempo sem esse contato físico com as pessoas, foi tudo virtual e na televisão. Retornar hoje com essa galera toda aqui aguardando a chegada de Nossa Senhora para iniciarmos o arrastão do Círio 2022 é muito emocionante”, disse Júnior.
O evento é patrocinado pelo Governo do Estado e da Secretaria de Estado de Cultura (Secult). “Contamos com colaboradores, nossos brincantes, nosso Batalhão da Estrela, o Governo do Estado que sempre nos apoia e mais uma vez apoiando este ano através da Secult, da Lei Semear, todas as ações presenciais que as pessoas se envolvem entendendo que é é uma ação importante da cultura do estado. Estamos muito felizes pelo retorno e que bom que está todo mundo aqui conosco para curtir esse momento”, acrescentou Júnior.
O titular da Secult, Bruno Chagas, o Círio tem diversas nuances e os fazedores de cultura tem uma participação importante, como nessa manifestação. “A Secretaria de Cultura se honra em apoiar o Arrastão do Círio que passa a compor a programação oficial do Círio a partir deste ano e é um grande privilégio incentivar cada vez mais a expansão das programações culturais do Círio de Nazaré diante de toda a sua magnitude e sendo o expoente cultural mais expressivo do Estado do Pará que reúne 2 milhões de pessoas no segundo domingo de outubro e é reconhecido como patrimônio cultural imaterial pela Unesco”, destaca Bruno.
A barca Rainha das Águas, confeccionada em miriti “navegou” sob fitas, tecidos e brincantes vestidos e com rostos pintados de branco. Na percussão, Augusto de Magalhães Chaves, professor de Educação Especial, não escondia a emoção de voltar a homenagear Nossa Senhora após dois anos do auge da pandemia.
O Arrastão saiu em cortejo em novo trajeto e foi saudado por ambulantes e lojistas do centro comercial, além dos barqueiros da Pedra do Ver-o-Peso, com destino à Praça Dom Pedro II, onde a apoteose ocorreu com show do Arraial do Pavulagem.
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Ag. Pará
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