O Festival Pan-Amazônico de Cinema – AMAZÔNIA FiDOC está com inscrições abertas para filmes – documentários ou ficção – que serão selecionados para compor as mostras competitivas da 8ª edição, a ser realizada em novembro em Belém. Os realizadores, brasileiros e estrangeiros, devem acessar a Plataforma FilmFreeway e seguir as instruções de cadastro e upload de arquivos. A data limite para inscrever obras é 10/09/2022 e o regulamento completo pode ser acessado no site www.amazoniadoc.com.br. Em 2022, a grande novidade é o retorno das produções ficcionais à grade de filmes e também das ações presenciais, com novas experiências.
A realização é do Ministério do Turismo – Secretaria Especial de Cultura, com patrocínio do Instituto Cultural Vale, via Lei Federal de Incentivo à Cultura. Parceria: Fundação Cultural do Pará e Cine Líbero Luxardo. Apoio cultural: Instituto Goethe, Casa de Estudos Germânicos (CEG) e Distribuidora Estrela do Norte. Apoio institucional: Secretaria de Estado de Cultura do Pará (SECULT-PA) e Curso de Cinema da Universidade Federal do Pará (UFPA) Produção: ZFilmes e Instituto Culta da Amazônia.
Podem ser inscritas obras finalizadas a partir de 1º de janeiro de 2020 e que tenham cópia de exibição em formato de acordo com as especificações técnicas previstas no regulamento, de autoria de realizadores de todos os países da Pan-Amazônia – Brasil, Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela, Guiana, Suriname e Guiana Francesa.
Não serão aceitos filmes já exibidos ou em exibição no circuito comercial, bem como filmes disponíveis em links abertos (YouTube, Vimeo ou equivalentes). Outro impedimento diz respeito às produções realizadas fora do estado do Pará, que deverão ser inéditas em mostras competitivas no Pará.
As obras selecionadas serão divulgadas no site do Festival até o dia 20/10/2022, podendo esse prazo ser prorrogado. A seleção da obra também será notificada ao realizador através da Plataforma FIlmFreeway. E em momento posterior, serão informadas as datas e locais de exibição presencial em Belém.
De acordo com Zienhe Castro, fundadora e diretora geral do Amazônia(Fi)Doc, a expectativa para esta edição é a democratização do acesso aos bens e equipamentos culturais, sobretudo após a pandemia da Covid-19. “A sala de cinema é um desses bens que foi totalmente afetado pela pandemia. O retorno ao modo presencial favorece a exibição das obras audiovisuais nas salas de cinema, fortalece as conexões entre as pessoas e promove encontros”, comenta.
A programação terá duas exibições principais: a “Mostra Competitiva Pan-Amazônica”, com filmes produzidos ou coproduzidos por autores de quaisquer dos nove países da região, e a “Mostra Competitiva Amazônia Legal”, direcionada a filmes produzidos nos estados brasileiros que compõem o território amazônico no Brasil.
Cada uma dessas mostras terá duas categorias, ficção e documentário. E cada categoria será dividida em duas metragens: uma de curtas e média-metragens (filmes com até 51 minutos) e outra apenas para longa-metragem (filmes com mínimo de 52 minutos). Com isso, no total serão quatro disputas para cada mostra competitiva: documentários de curta e média-metragem e documentários longa-metragem; e ficção de curta e média-metragem e ficção longa-metragem.
Serão premiados, em cada categoria, o melhor filme pelo critério do júri, melhor filme pelo voto popular e um prêmio de honra ao mérito para ambas as categorias, de acordo com o júri oficial, em novembro.
A programação, inteiramente gratuita, ocorrerá de 10 a 17 de novembro. Além das mostras competitivas, será realizada ainda mostra especial para premiar e valorizar o audiovisual na música, no formato de videoclipes, e uma mostra interativa em Realidade Virtual. O público infantil poderá participar da mostra de filmes destinados às crianças.
“E mais: voltaremos a fazer uma mostra itinerante por outros municípios do Pará, rumo à região das ilhas do Marajó e oeste do estado. Vamos realizar ações formativas, experiências e vivências audiovisuais com comunidades quilombolas e indígenas”, adianta Zienhe Castro.
Como um fórum privilegiado de discussão, reflexões e ações para promover e fazer circular a produção cinematográfica dos países da Pan-Amazônia, este ano o evento terá a temática “O Cinema de todas as Amazônias na luta pela floresta em pé”. De acordo com Zienhe Castro, a decisão por discutir sobre a conservação do bioma com a maior floresta tropical do mundo, por meio do audiovisual, foi baseada na urgente necessidade de se proteger este território frente às graves ameaças socioambientais.
“Na nossa avaliação, essa é a pauta mais importante do século XXI. Garantir que a floresta permaneça de pé e assegurar os direitos dos povos originários é um dever de todos, inclusive de nós, fazedoras e fazedores de cultura. O cinema é uma ferramenta política, a arte é política, não podemos ficar distantes desse debate. É urgente e necessário discutirmos sobre a conservação da Amazônia”, enfatiza Zienhe.
O Festival Pan-Amazônico de Cinema – Amazônia FiDOC é um festival com um recorte único no mundo, focado na produção audiovisual de cinema documentário e de ficção dos nove países que compõem a Amazônia. Importante espaço de formação, difusão e de reflexão do cinema produzido na região, o Festival acumulou um acervo de mais de dois mil filmes nas suas sete últimas edições, um conjunto de difícil acesso. O Festival tornou-se, assim, uma rara oportunidade aos espectadores para conhecer obras que retratam realidades e circunstâncias tão especiais, e que possuem uma circulação/distribuição no Brasil e no mundo quase inexistente. Realizado no Pará desde 2009, a iniciativa busca aprofundar as questões sociopolíticas e de fomento relativas ao audiovisual com perfil de integração dos países da Pan-Amazônia, através da exibição, debates e palestras sobre as produções cinematográficas, entre documentários, animações e obras de ficção que retratam a realidade amazônica e/ou expressam seus desejos, suas vicissitudes, seus sonhos.
O Instituto Cultural Vale parte do princípio de que viver a cultura possibilita às pessoas ampliarem sua visão de mundo e criarem novas perspectivas de futuro. Tem um importante papel na transformação social e busca democratizar o acesso, fomentar a arte, a cultura, o conhecimento e a difusão de diversas expressões artísticas do nosso país, ao mesmo tempo em que contribui para o fortalecimento da economia criativa. São mais de 300 projetos criados, apoiados ou patrocinados em 24 estados e no Distrito Federal em execução em 2022. Dentre eles, uma rede de espaços culturais próprios, patrocinados via Lei Federal de Incentivo à Cultura, com visitação gratuita, identidade e vocação únicas: Memorial Minas Gerais Vale (MG), Museu Vale (ES), Centro Cultural Vale Maranhão (MA) e Casa da Cultura de Canaã dos Carajás (PA). Onde tem Cultura, a Vale está. Visite o site do Instituto Cultural Vale: institutoculturalvale.org.
Ascom
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