Na manhã da ultima quinta-feira (31), ocorreu o ato de assinatura do repasse anual no valor de R$ 1 milhão em apoio ao Círio de Nossa Senhora de Nazaré 2022, feito pelo Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), à Arquidiocese de Belém. A cerimônia, ocorrida na Igreja de Santo Alexandre, teve ainda a assinatura do protocolo de intenções para o restauro dos imóveis do antigo Instituto de Pastoral Regional (IPAR), situado na Ladeira do Castelo, e inclusão ao Complexo Feliz Lusitânia.
Compareceram ao ato o governador do Estado, Helder Barbalho, a secretária de Estado de Cultura, Ursula Vidal, o arcebispo de Belém, D. Alberto Taveira, o diretor da Festa, Antônio Salame, o pároco da Basílica Santuário de Nazaré, padre Francisco Cavalcante, o reitor padre Francisco Assis e outras autoridades.
"É uma felicidade estarmos junto com a igreja dando apoio para o planejamento do Círio 2022. Isso é fruto da mobilização da sociedade para a vacinação em nosso Estado, que permite com que nós possamos já fazer este planejamento e a retomada da normalidade da vida das pessoas. É um orgulho fantástico poder planejar que teremos Círio, um Círio normal, com presença das pessoas nas ruas. Todos nós estamos com saudade de poder, no segundo domingo de outubro, confraternizar e agradecer a nossa padroeira Maria de Nazaré, que continue a abençoar a todos. Gostaria de destacar a parceria com a arquidiocese para que nós possamos ampliar o Complexo Feliz Luziânia, ampliar as estruturas que requerem a preservação do patrimônio, ampliando os espaços, os ambientes culturais e históricos para fortalecer cada vez mais o turismo e nos desafiar a avançar para um amplo projeto de reurbanização da Cidade Velha, onde a cidade começou, com oferta de serviços, valorização imobiliária e, consequentemente, gerando emprego e renda para a sociedade", frisou o governador Helder Barbalho.
O diretor da Festa, Antônio Salame, reafirmou que o apoio do Governo é fundamental, por ser um evento que exige investimentos significativos. "Nós temos como realizadores o Governo do Estado, que faz um aporte fundamental para que tenhamos o Círio na sua essência. Esse repasse nos ajuda na elaboração dos livros de peregrinação, na maioria dos nossos impressos, que são muitos. Já estamos trabalhando na parte digital, mas ainda necessitamos de alguns impressos na parte de sonorização, decorações das procissões, então é nesse contexto que a gente utiliza a maior parte desse repasse do Governo do Estado. E nós sabemos da importância do Círio para a população e para o Estado, que tem esse investimento convertido em impostos arrecadados no Círio de Nazaré", pontuou o diretor.
A reforma dos imóveis da Ladeira do Castelo vai garantir a incorporação dos edifícios ao programa museológico e arquitetônico do Sistema Integrado de Museus e Memoriais (SIMM/Secult). O objetivo é destiná-los ao atendimento à população, contando com um auditório para 200 pessoas e outras características de preservação e restauro do espaço.
"Esse conjunto da Ladeira do Castelo é de grande significado para a Igreja, para a cidade de Belém e para o Pará. Então, esse protocolo de acordo que foi assinado hoje entre a Arquidiocese e o Governo do Pará tem um significado muito grande. Nós estamos cuidando do patrimônio, que é religioso e que é também histórico e cultural. Essa assinatura da destinação da verba para o Círio significa muito para nós, porque o Governo do Estado é nosso parceiro e sabemos todo o desdobramento que o Círio traz para o bem de Belém e do Pará", ressaltou D. Alberto, arcebispo de Belém.
A titular da Secult, Ursula Vidal, destacou a coragem e ousadia do Governo do Pará em priorizar os investimentos na preservação do patrimônio histórico material e imaterial do Estado. "Estamos avançando na preservação do nosso patrimônio, esperamos também já entregar no final deste ano ou no início do ano que vem o nosso Memorial da Consciência Negra, na Treze de Maio, um casarão do início do século passado onde funcionou o antigo prédio da Academia Paraense de Letras. É um avanço nas políticas públicas de acesso ao nosso patrimônio, mas também de respeito pelos capítulos dessa história tão bonita da nossa cidade, que tem essa arquitetura raríssima e que é direito da nossa gente usufruir", disse.
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Thaís Siqueira | Ag. Pará
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