A Fundação Hemopa iniciou o uso de plasma sanguíneo de pessoas que se recuperaram da Covid-19 no tratamento de pacientes que estão em estado grave. A alternativa terapêutica prevê a coleta, processamento, armazenamento e distribuição do material sanguíneo, e foi adotada, pela primeira vez, no Pará, nesta quarta-feira (04), pelo Hemonúcleo de Abaetetuba. Nesta sexta-feira (05), mais uma bolsa de plasma foi para o Hospital Materno Infantil de Barcarena, em mais uma ação do Governo do Estado contra a doença.
Estudos indicam que, após a recuperação de uma doença, o sangue humano passa a ser uma rica fonte de anticorpos, que são proteínas produzidas pelo sistema imunológico para atacar um vírus ou um outro agente causador da enfermidade. A parte do sangue que contém anticorpos é chamada de plasma convalescente. Esse plasma tem sido usado há décadas para tratar doenças infecciosas como ebola e influenza.
A equipe médica do Hospital Materno Infantil de Barcarena informou que o plasma será transfundido em uma paciente do sexo feminino, de 43 anos. Ela está internada na UTI adulta do hospital.
“Recebemos a solicitação do hospital e logo seguimos com todos os protocolos para a liberação do plasma, de forma a atender o paciente com maior rapidez. Se ainda não somos capazes de evitar a Covid-19 utilizando as vacinas, então podemos utilizar ferramentas que estão ao nosso alcance. Uma dessas estratégias é o transplante do plasma de convalescente”, disse a biomédica Alana Cruz, gestora do Hemonúcleo de Abaetetuba.
Desde o mês de maio, a equipe de pesquisadores da Fundação Hemopa trabalha com o plasma de pessoas que tiveram a forma leve ou moderada da Covid-19, convalescentes que aceitaram doá-lo para os estudos do Hemopa.
A coleta é realizada por meio de aférese, um procedimento que filtra apenas o plasma do sangue do doador. Em duas semanas, o Hemopa já recebeu mais de 20 voluntários, dos quais 16 pessoas estavam aptas à doação.
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Agência Pará
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