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Cultura

Theatro da Paz recebe recital de canto lírico neste sábado (02)

Programação faz parte do XX Festival de Ópera do Teatro

O XX Festival de Ópera do Theatro da Paz traz, neste sábado (02), mais um recital com nomes importantes do canto lírico brasileiro. Quem se apresenta no palco da casa de espetáculos é a soprano Eliane Coelho e o pianista Gustavo Carvalho. A programação é uma realização do Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), e inicia às 20h. Os ingressos já estão à venda na bilheteria no valor de R$ 5 mais um quilo de alimento não perecível. Os visitantes que se dirigirem ao local deverão apresentar a carteira de vacinação com pelo menos uma das doses da vacina ou o exame PCR realizado até 72 antes.

A carioca Eliane Coelho estudou na Escola Superior de Música e Teatro de Hannover antes de seguir carreira internacional. Já trabalhou na Ópera de Frankfurt e na Ópera de Viena, onde recebeu em 1998 o título de "Kammersängerin", que pode ser traduzido como Cantora da Casa ou Cantora Residente, em reconhecimento pelo trabalho da artista. Também já se apresentou em cidades como Estocolmo, Munique, Berlim, Dresden, Nice, Marselha, Copenhague, Nápoles, Turim, Catânia, Sofia, Bucareste, Praga, São Petersburgo, Valência, Zurique, Tóquio, no Festival Aix-en-Provence e nos teatros La Scala e Bastille, dentre outros.

“Fico muito feliz em poder apresentar um repertório de canções de lieder (canção, em alemão) em um recital. O canto lírico não é só ópera, existem também muitas outras coisas com canto que são valiosíssimas: os oratórios, sinfonias, canções com orquestra ou piano, há um repertório muito vasto. É fundamental que os jovens que estão agora empolgados pela ópera conheçam também esse outro lado. Esse detalhe é muito trabalhado no lead. Então, quando eu faço um recital como esse é para mostrar como é interessante e rico esse repertório, e fico muito feliz de poder fazer isso amanhã”, declarou a soprano.

Luiz Gustavo Carvalho iniciou seus estudos em 1991, aos nove anos de idade, com Magdala Costa e incentivo do maestro Sergio Magnani, com quem estudou durante alguns anos no Brasil. Já se apresentou no Concerto de Shostakovitch, com a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, e no Teatro do Palácio das Artes, em Belo Horizonte. Estudou na Universidade de Música e Performances Artísticas de Viena, foi vencedor do II Concurso Nelson Freire para Jovens Solistas, no Rio de Janeiro, foi solista da Orquestra Sinfônica Brasileira, Orquestra Sinfônica da Nova Rússia e a Camerata Salzburg. É o fundador e diretor artístico do Festival Artes Vertentes, em Tiradentes-MG e, desde 2012, participa da direção artística do Zeitkunst Festival, em Berlim.

Ele destaca que o programa do dia 02 apresenta um repertório bastante operístico, apesar de serem canções de voz e canto de três compositores do repertório alemão. “Esse programa vem dialogar de uma maneira única com Il Tabarro, que chega na sua última récita. Paralelamente à carreira operística, Eliane desenvolve um repertório camerístico muito importante e eu tenho o privilégio de trabalhar com ela já há cerca de 15 anos, tendo realizado diversos concertos em vários países, e acho que é uma oportunidade única para o público paraense de descobrir esse repertório, que mesmo sendo mais intimista, não é menos importante para o canto”, frisou Gustavo.

O repertório inclui canções dos compositores Hugo Wolf, como Elfenlied (Canção do Elfo), Schlafendes Jesuskind (O sono do Menino Jesus), Lebe wohl (Despedida), Nachtzauber (Noite Mágica), Die Spröde (A Frágil), Die Bekehrte (A Mulher Convertida) e Mignon; Erich Wolfgang Korngold e Richard Strauss, com Die Nacht (A noite), Die Zeitlose (O cólquico), Allerseelen (O dia de finados), Befreit (Libertada), An die Nacht (À noite), Ich wollt ein Sträusslein binden (Eu queria fazer um buquê) e Dein Lied erklang (Quando ouvi sua canção). “É um repertório muito requintado, então a expectativa é muito boa de que nós vamos ter um recital lindo de canções alemãs desses três compositores, com uma das maiores sopranos que o Brasil já produziu”, pontuou o diretor do Theatro da Paz, Daniel Araújo.

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Thais Siqueira/Agência Pará