No palco do Theatro da Paz, o Coro da Fundação Carlos Gomes ofereceu à plateia um repertório ecléticoO terceiro dia de programação de reabertura do Theatro da Paz, em Belém, promoveu o reencontro do público com o Coro da Fundação Carlos Gomes. O repertório eclético, e em boa parte formado por músicas brasileiras e paraenses, arrancou calorosos aplausos da plateia. A programação gratuita é promovida pelo Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult).
Moradora de Belém, cidade onde nasceu, a autônoma Lídia Sardinha, 67 anos, nunca havia entrado no Theatro da Paz. Daí a emoção ao se ver dentro da centenária casa de espetáculos. “É mágico esse ambiente! Eu adoeci na pandemia e prometi que se ficasse boa eu visitaria todos os lugares que ainda não conheço da minha cidade. Hoje estou aqui, viva, alegre, cumprindo minha promessa. Não sei como perdi tanto tempo da vida sem vir aqui. Mas parece que hoje o Theatro é mais acessível. Fiquei toda arrepiada ao ouvir esse coro cantar. Traz uma alegria, uma emoção inexplicável”, disse Lídia.
A emoção não foi só do público. Os integrantes do Coro Carlos Gomes estavam ansiosos para esse reencontro com uma plateia. “É uma sensação muito forte, porque gente passou tanto tempo longe que até nos acostumamos aos palcos digitais. Mas estar de volta no presencial é uma soma de vários sentimentos: é a alegria de estar de volta, aquele frio na barriga de ver de novo a plateia. É uma sensação indescritível. Estou muito feliz, e principalmente nessa casa, que é a grande casa da cultura paraense”, declarou Jessé Piñon, integrante do Coro Carlos Gomes.
Outra cantora que faz parte do Coro há quatro anos é Marcele Monteiro, para quem a reação do público é um verdadeiro combustível para o artista. “O Coro, nesses 26 anos, sempre esteve no palco do Theatro da Paz. Faz parte da história do Coro Carlos Gomes, assim como o Coro Carlos Gomes faz parte da história do Theatro. A gente se sente fazendo parte desse recomeço. E pra gente poder cantar para o público é maravilhoso, porque é como dizem: é nosso combustível. Cantar pra alguém; ver a reação do público. Isso não tem preço”, afirmou.
Para a maestrina do Coro da Fundação Carlos Gomes, Antonia Jimenez, o momento é para agradecer. “Meu sentimento é de gratidão por esse convite, e o sentimento é de felicidade de estarmos aqui todos do grupo, sem perdas. Esse reencontro, sentir as palmas do público, é inspirador pra nós”, ressaltou a maestrina.
Recital e exposição - A programação de reabertura do Theatro da Paz continua nesta quarta-feira (25) com o recital dos alunos do III Curso de Formação em Ópera. Serão três sessões de canto lírico às 17, 18 e 19 horas, no foyer, inaugurando o novo piano de cauda, que ficará no espaço permanentemente. Diferente dos outros dias, as apresentações serão limitadas a 50 pessoas por sessão. Não haverá distribuição de ingressos, os visitantes poderão assistir por ordem de chegada.
Também na quarta-feira, às 17 h, será aberta a exposição imersiva “Ópera Viva - 20 Anos do Festival de Ópera do Theatro da Paz”. Patrocinada pelo Banco do Estado do Pará (Banpará), a exposição apresentará aos visitantes figurinos de montagens realizadas pelo Festival de Ópera do Theatro da Paz ao longo dos últimos 20 anos, e ficará aberta à visitação até 31 de agosto (com exceção do dia 30), sempre das 09 às 15 h. A partir do dia 1° de setembro ela voltará ao período normal de visitação do Theatro, das 09 às 17 h, podendo ser visitada até 31 de outubro.
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Agência Pará
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