Metáforas de corpo e afeto compõem o tema das exposiçõesA partir de 15 de julho, o Espaço Cultural Casa das Onze Janelas (Cojan) recebe as exposições ‘Entre o vermelho, azul e o lilás’, na sala Valdir Sarubbi e no Laboratório das Artes; e ‘Suaves brutalidades’, com obras do artista Henrique Montagne, na sala Gratuliano Bibas. A ação é uma iniciativa do Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), e estará aberta ao público até 30 de agosto. Uma novidade da mostra será a disponibilidade de conteúdos complementares sobre as obras, que serão fornecidos via QR Code para os visitantes.
De acordo com a curadora e diretora da Cojan, Sanchris Santos, a mostra ‘Entre o vermelho, azul e o lilás’ terá 27 obras do acervo da Cojan e inclui peças de artistas como Adir Sodré de Souza, Augusto Herkenhoff, Sérgio Niculitcheff, Paulo Climachuska, Giovanna Martins, Cláudia Leão, entre outros, além de vídeos de Pnk Sabbth, com direção do Paulo Evander. Já a exposição “Suaves brutalidades” trará 30 peças de Henrique Montagne.
“Na composição formal, as cores vermelho, azul e lilás se atravessam em predomínio às obras, metaforizando o corpo e seus afetos, com ênfase na diversidade, no respeito às diferenças. Há um diálogo entre as peças do acervo do Estado e as de ‘Suaves Brutalidades’, do artista Henrique Montagne, com os vídeos de Pnk Sabbth, reforçando o conteúdo e a discussão sobre a plasticidade e os avanços tecnológicos e socioculturais, mas também a capitalização e coisificação do corpo”, pontua Sanchris.
O curador Nando Lima, membro da Coordenação de Curadoria e Montagem do Sistema Integrado de Museus e Memoriais (SIMM), conta como foi feita a seleção das peças. “O ponto de partida foi o trabalho do Henrique Montagne. Fizemos uma busca no nosso acervo com a premissa de encontrar obras que dialogassem com essa questão do corpo sem gênero ou do corpo como intergêneros e como isso poderia ser traduzido. O que vamos apresentar na sala Valdir Sarubbi são obras do final dos anos 1980 e início dos anos 1990”, informa o curador.
Nando explica que a maioria dos artistas que compõem a mostra são de origem nacional. “Eram jovens que, naquele momento, expressavam em seus trabalhos um inconformismo, uma maneira de colocar seus pensamentos sobre o mundo através das artes visuais. Cerca de 90% são pinturas em técnica mista, muitas delas abstratas, mas que, em conjunto, têm em comum uma certa sensualidade, uma vibração gestual e uma humanidade colocadas através da pintura”, comenta.
Galeria Fidanza - Além das exposições previstas, a Galeria Fidanza, no Museu de Arte Sacra (MAS), segue com a mostra “Junho, bendito seja!”, até 30 de julho, das 9h às 17h. A exposição, montada desde 16 de junho, reúne fotografias de artistas convidados, entre eles And Santos, Cristina Carvalho, Déborah Elena, Deia Lima, Manuel Siqueira, Marcelo Vieira, Michel Pinho, Rafael Aguilera, Rosário Travassos e Wagner Santana; vídeos do acervo do Museu da Imagem e do Som (MIS) e adereços da coleção do Arrastão do Pavulagem. A curadoria é de Emanuel Franco, diretor do MAS, e Dayseane Ferraz, técnica em Gestão Cultural e pesquisadora do Sistema Integrado de Museus e Memoriais (SIMM/Secult).
Uma iniciativa inédita da Secult, por meio do Sistema Integrado de Museus e Memoriais (SIMM), o projeto Museu Solidário promove, sempre aos domingos, a troca de ingressos para espaços do Complexo Feliz Lusitânia por 1Kg de alimento não perecível, que são doados aos moradores dos sete territórios atendidos pelo Programa TerPaz, da Secretaria de Estratégia de Articulação da Cidadania (SEAC). Cada quilo de alimento não perecível equivale a quatro ingressos por pessoa, que dão acesso ao Museu de Arte Sacra (MAS), Casa das Onze Janelas (Cojan), Museu do Círio e Museu do Encontro, no Forte do Presépio.
SERVIÇO
Exposições ‘Entre o vermelho, azul e o lilás’ e ‘Suaves brutalidades’
Período: 15/07 a 30/08
Horário: terça a domingo, das 9h às 17h
Local: Espaço Cultural Casa das Onze Janelas
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Agência Pará
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