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Cultura

Em meio à pandemia de covid-19, Secult mantém o patrimônio histórico do Estado e garante renda para artistas

A crise econômica provocada pela covid-19 no setor cultural do Pará provocou a paralisação das atividades deixando milhares de trabalhadores da cultura sem renda

O setor cultural foi um dos mais atingidos pela pandemia do novo coronavírus no Brasil. Isso porque, todas as atividades que dependiam da aglomeração de gente foram interrompidas logo com a chegada da pandemia, deixando milhares de trabalhadores – artistas e produtores e técnicos – sem renda e, portanto, sem condições de sobrevivência.

No Pará, a crise econômica provocada pela covid-19 na cultura não foi menos severa. A Secretaria de Cultura do Estado (Secult) foi obrigada a paralisar muitas de suas ações, mantendo basicamente aquelas que visavam a conservação dos espaços histórico-culturais e criando outras para garantir apoio emergencial para os trabalhadores da cultura.

Apoio Emergencial

Durante esse período de crise econômica provocada pela pandemia, a Secult premiou 100 projetos selecionados de diversas linguagens e expressões artísticas, com R$ 28 mil reais, pelo Preamar de Cultura e Arte; repassou R$ 1.500, para 380 selecionados no projeto Te Aquieta em Casa; realizou a 18ª Semana Nacional de Museus; além de continuar zelando pelo patrimônio histórico do Pará.

A memória física preservada

A Secretaria de Estado de Cultura do Pará (Secult) esclarece que a manutenção do patrimônio público não está sendo negligenciada durante o período da pandemia, assim como a prestação de contratos continuados, que respondem por dezenas de empregos diretos e indiretos, relacionados a esses serviços.

Esclarece ainda que o contrato com a antiga empresa de manutenção paisagística/jardinagem dos espaços administrados pela Secult, que compreendem vários dos pontos de turísticos mais emblemáticos de Belém, como o Parque da Residência, Casa das 11 Janelas, Memorial da Cabanagem, Museu de Arte Sacra, Museu do Estado do Pará e Forte do Presépio, se encerrou no final de março, tendo sido aberto um novo processo licitatório que ainda está em curso.

Para impedir o dano ao patrimônio e assegurar a manutenção paisagística e sanitária dos espaços enquanto o processo licitatório não se conclui, foi realizada uma cotação de menor preço, em caráter temporário/emergencial, para escolha de empresa com base operacional em Belém, capaz de garantir a continuidade dos serviços.

Enquanto esse processo transcorre, a Secult articula com a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) para que os serviços básicos de manutenção paisagística sejam realizados pelos internos, para assim manter os espaços higienizados e garantir a saúde sanitária em seu entorno.

Em linha direta, a secretária de Cultura, Ursula Vidal, disse que “a sinalização positiva dessa negociação com a Seap nos permite, agora, interromper o processo de  contração temporária, que ainda não havia sido efetivado ou pago, para nos concentrarmos na continuidade dos certames licitatórios regulares que já estavam em curso, ao mesmo tempo em que nos empenhamos na execução de ações emergenciais para auxiliar fazedores e fazedoras de cultura do Pará a superarem positivamente esse momento de crise”, ressaltou.