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General que comanda Ministério da Saúde ordena secretários a assinarem protocolo da cloroquina

Depois de descobrir que texto inicial não tinha caráter impositivo, Pazuello fez seus assessores subscreveram o material

General Eduardo PazuelloO ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello, determinou na noite de quarta-feira (21) que todos os secretários da pasta rubricassem o documento que recomenda o uso da hidroxicloroquina contra o coronavírus. Inicialmente divulgado como “orientação” o texto passou a valer como “nota informativa”.

Segundo o jornalista Mateus Vargas, do Estado de S.Paulo, a decisão de Pazuello veio depois de descobrir que o documento inicialmente não tinha caráter de protocolo, como defender Jair Bolsonaro. Para mudar o status do texto seria necessário uma assinatura coletiva.

O jornal aponta que o mutirão de assinaturas foi colhido entre 20h30 e 23h30 da noite de quarta-feira – cerca de 12 horas após a divulgação inicial do material.

A medida ainda não vale como “protocolo” e não dita regras, mas tem força política e será enviada aos gestores do Sistema Único de Saúde (SUS) de todo o Brasil.

O texto contraria recomendações de entidades médicas e científicas que apontam que a cloroquina não tem eficácia comprovada no combate ao coronavírus e possui efeitos colaterais fortes.

Segundo o médico e advogado sanitarista Daniel Dourado, o documento “não pode ser adotado como protocolo oficial, porque sem evidências científicas é CONTRA A LEI”.

ATUALIZAÇÃO

O ministro interino ordenou que todos os secretários do ministério da Saúde assinassem o protocolo, que agora foi publicado em nota técnica.

Repito: não pode ser adotado como protocolo oficial, porque sem evidências científicas é CONTRA A LEI

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