Nas últimas duas semanas dez pessoas morreram de Covid-19 em Mosqueiro, e os casos suspeitos não param de subir, comprometendo o atendimento médico no distrito. A Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) e Agência Distrital (ADMOS), está montando um hospital de campanha anexo ao Hospital Geral de Mosqueiro para atendimento ambulatorial exclusivo de pessoas com sintomas respiratórios suspeitos de Covid-19. A estrutura começou a ser erguida na manhã desta quarta-feira, 10, sendo acompanhada pela agente distrital Vanessa Egla e o novo diretor do HGM, Eduardo Barros.
Na segunda-feira, 15 de março, o hospital de campanha abrirá as portas como um plano de contingência dos casos suspeitos. “Enquanto isso, o importante é que a população continue em casa e tomando as medidas protetivas e preventivas previstas no Decreto Estadual, além dos hábitos básicos como lavar as mãos, usar máscara e manter o distanciamento”, alertou Vanessa Egla, durante live transmitida na página da ADMOS no Facebook.
Cruzamento de pacientes - De acordo com Eduardo Barros, o hospital de campanha evitará o cruzamento de pacientes com problemas de saúde diferenciados. Exemplo: os casos de urgência e emergência como acidentes, partos e doenças envolvendo crianças, adultos e idosos continuarão sendo atendidos normalmente. “O hospital de campanha será unicamente para os pacientes com sintomas de Covid-19. Nós queremos conter o avanço da segunda onda de contaminação, que nos hospitais é muito grande”, explicou o diretor, que é enfermeiro com especialização em gestão de unidades hospitalares.
“E, se você está com sintomas de pressão alta ou faz tratamento de diabetes e outras doenças, procure a Unidade de Saúde mais próxima da sua casa, evite transitar pelo Hospital porque você corre o risco de se contaminar mais rapidamente”, completou o diretor.
Reforço - Com o funcionamento do hospital de campanha, a rede municipal de saúde ganhará um reforço, evitando o estrangulamento. O Hospital Geral de Mosqueiro está próximo de atingir o teto máximo de ocupação dos leitos, assim como a UPA da Sacramenta e os hospitais municipais. “Não podemos chegar aos 100% dos leitos ocupados, precisamos evitar esse colapso e lutar pela vacinação completa da população brasileira”, destacou Eduardo Barros, durante a montagem da estrutura do hospital de campanha.
A obra do hospital de campanha para atendimento ambulatorial segue os padrões do Programa “Bora Cuidar Belém”, da PMB, sendo executado pela Secretaria Municipal de Saúde. O reforço no atendimento chegará a Mosqueiro, na segunda-feira. Segundo Eduardo Barros, a população da ilha poderá respirar mais aliviada, pois o atendimento é alinhado e padronizado obedecendo todos os critérios técnicos já definidos pela PMB e o secretário municipal de Saúde, Maurício Bezerra.
Vale ressaltar que os idosos acima de oitenta anos, os quilombolas do território do Sucurijuquara e os profissionais da área da saúde pública já foram vacinados contra Covid-19. A última faixa etária vacinada foi a de 71 a 79 anos.
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Agência Belém
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