Quase todos os governadores preparam-se para novo confronto com o governo federal: irão ignorar o protocolo estabelecido por Jair Bolsonaro para uso da cloroquina no tratamento de pacientes com coronavírus. Segundo a Coluna do Estadão, governadores irão manter o que já vem sendo feito nos seus Estados, com uso da cloroquina sob responsabilidade de médicas e médicos.
“A decisão deve ser do médico e do paciente, conforme a orientação atual”, disse Eduardo Leite (PSDB-RS). Já Helder Barbalho (MDB-PA) diz que vai manter as regras “como estão atualmente”.
Além de não haver nenhuma comprovação científica de que a substância tenha efeito, governadores dizem que “o novo protocolo nem de perto atua nos principais problemas do coronavírus: falta de respiradores, leitos, etc”.
O Ministério da Saúde, na prática sob intervenção militar com o general Eduardo Pazuello, vai anunciar orientação do uso de cloroquina para casos leves, com indicação de dosagem máxima, apesar de todos os estudos que, ao redor do mundo, indicam o altíssimo risco de morte por prescrição similiar. A proposta já foi apresentada ontem ao presidente, que tem o medicamento como uma “salvação”. O novo protocolo acabou sendo a gota d’água para Nelson Teich na Saúde.
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