Bolsonaro aglomerou em Bagé (RS), menos de uma semana após se dizer curado da covidEnquanto não há uma data prevista para o início da imunização, a evolução desenfreada da covid-19 fez o Brasil alcançar a marca de 190.795 mortes neste sábado (26).
Aparentando pouca preocupação com os números, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) chegou a declarar que não se sente pressionado pelos cerca de 17 países que já começaram a vacinar a população contra o vírus, como é o caso de Estados Unidos, Reino Unido, Chile.
“Ninguém me pressiona para nada, eu não dou bola para isso”, disse o presidente após um passeio de 2h sem máscara por Brasília, na manhã deste sábado.
O presidente também saiu em defesa da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa): “entre mim e a vacina tem uma tal de Anvisa, que eu respeito e não estão querendo respeitar”, pontuou.
E continuou: "eu já assinei a MP de R$ 20 bilhões para comprar a vacina", referindo-se à Medida Provisória que destina a quantia para o Plano Nacional de Vacinação contra a Covid-19, lançado sem previsão de datas no último 16 de dezembro.
A declaração de Bolsonaro se dá no mesmo dia em que seis casos de contaminação por uma nova linhagem do coronavírus, potencialmente mais transmissível, foram confirmadas em pelo menos 10 países da Europa, como França, Espanha e Suécia. Os novos registros foram anunciados pela primeira vez fora do Reino Unido, onde a mutação foi inicialmente detectada.
Segundo o European Centre for Disease Prevention and Control (ECDC), a linhagem mutante tem uma transmissibilidade até 70% superior, mas não muda a eficácia das vacinas e aparentemente não deve ser mais letal, de acordo com especialistas.
Segundo boletim diário do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass), nas últimas 24 horas, foram registrados 307 óbitos pela covid-19 no país. Também foram confirmadas 17.246 novas infecções.
Os números fazem o Brasil alcançar um total de 7.465.806 pessoas infectadas, com uma média móvel de 37.871 casos para os últimos sete dias. O patamar é similar aos índices do país no final de julho, quando o Brasil atingiu suas piores marcas.
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Brasil de Fato
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