O maior desafio é vencer a tentação argumentar com a realidade desejando que as coisas não fossem assimEm tempos de crise, há aqueles que são paralisados pelo medo e aqueles que são estimulados pela ocasião. Este último tipo de indivíduo sabe tem a mentalidade de não apenas suportar, mas prosperar em meio do caos, entendendo que suas atitudes de agora determinam que tipo de vida levará daqui a dez anos.
E o que separa esses indivíduos da grande maioria? Segundo Raul Villacis, empresário, investidor e CEO de uma plataforma online de investimentos, é a capacidade de manter a calma sob imensa pressão e se concentrar no que é preciso transformar para superar o desafio.
As pessoas descritas por Raul Villacis têm a capacidade de mudar sua percepção quando a realidade se altera - vencendo a tentação de argumentar com a realidade desejando que as coisas não fossem assim.
Aptidão emocional não é o mesmo que inteligência emocional para Villacis. “Embora estejam relacionadas, a inteligência emocional é a capacidade de empatia, de se colocar no lugar do outro. Aptidão emocional é a capacidade de entender nosso papel quando o chão desmorona debaixo dos nossos pés”, explica.
1. Faça checks mentais diários
Sua reação a qualquer estímulo é, em certa medida, involuntária. Se você pisa em uma pecinha de brinquedo, sente raiva quase que simultaneamente à dor. Quando assiste ao noticiário, fica ansioso. Esses pensamentos e emoções chegam a você antes que sua racionalidade tenha a chance de acompanhar.
De duas a três vezes por dia, reserve um minuto para fazer uma checagem mental e descobrir em que está se concentrando. Observe que as emoções estão à flor da pele. “Você está estressado porque está focado nas coisas negativas que estão acontecendo ou está animado com as oportunidades que estão à sua frente?”, questiona Raul Villacis.
Quando o indivíduo está no piloto automático, é fácil deixar que sentimentos negativos sobrecarregarem todo o resto - ainda que isso não seja feito conscientemente.
“Você pode conscientemente mudar seu foco e interromper o padrão de estar no piloto automático. Ao fazer esse check mental várias vezes ao dia, você fornecerá os dados para entender por que se sente desse jeito.”
2. Reconheça emoções e pensamentos
O momento em que você reconhece suas emoções e pensamentos é também o momento em que pode tomar consciência do gatilho que está causando isso.
“Nossa mente subconsciente está constantemente focada em pensamentos e emoções negativas, principalmente pela manhã. Se você não reconhecer esses sentimentos, vai lutar uma batalha difícil no resto do dia."
Estudos mostram que reconhecer pensamentos negativos e perceber o porquê do nosso cérebro estar no modo reativo nos dá o poder de tomar a decisão de mudar o foco para as possibilidades - e não o problema.
Esteja mais consciente deles, em vez de tentar corrigi-los. Suas emoções não são algo que você precisa "consertar", segundo Raul Villacis. “O gatilho que fez você se sentir assim é a coisa a consertar, não a emoção em si.”
3. Não encare sua emoções como "erradas"
Suas emoções são o feedback da sua percepção da realidade. Se você encarar esse processo como um erro, vai ser levado a acreditar que sua situação atual não deveria estar acontecendo com você. É neste ponto que começará a discutir com a realidade - e procurar algo ou alguém para culpar.
Os indivíduos têm a ilusão de que não devem se sentir de certa maneira ou que são fracos ao reconhecer o que sentem.
“Ao reconhecer que você não é seus pensamentos, sentimentos e emoções, você se torna aberto para receber o feedback e aprender com eles, em vez de reagir a eles.”
4. Permita-se sentir
Estamos constantemente nos julgando e não nos permitimos sentir nossas emoções plenamente. Como a sensação de alívio que às vezes se mistura com tristeza.
Emoções como alívio e tristeza podem desencadear sensações de culpa e vergonha, porque fazem quem as sente pensar que não deveria senti-las. Culpa e vergonha impedem o indivíduos de expandir sua capacidade.
“As emoções estão lá porque os gatilhos estão lá, e você não pode simplesmente parar esse ciclo. Em vez disso, você precisa completar o ciclo e sentir as emoções completamente”, diz Villacis.
No momento em que é dada a permissão para sentir a emoção, é trazida luz para a escuridão. O medo e a incerteza, consumidores vorazes de energia, começam a perder força.
“Trazendo luz para a escuridão percebemos que tínhamos mais medo da escuridão do que o que ela estava escondendo”.
5. Ganhe a batalha contra a sua mente
A maior parte dos nossos medos é causada por algo que pensamos que pode acontecer. Esse cenário pessimista é construído nas nossas mentes por experiências passadas. Ficar preso entre aquilo que já aconteceu e um futuro incerto mina qualquer segurança que possamos ter.
Mas a arma secreta é a sua mente. Villacis conta que sua esposa e ele ficaram doentes com covid-19. Este era um grande medo dele: adoecer e não poder cuidar da sua família. Mas ele manteve a calma até se recuperar. "Quando você luta com os monstros que estão na sua mente, aprende que eles estão lá para deixá-lo mais forte."
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