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Cultura

Com recursos do Estado, secretária de cultura Úrsula Vidal garante renda para 380 artistas locais

“O edital é uma forma reconhecida de transparência no processo de seleção de projetos. Queremos mitigar o impacto sobre o setor cultural e criativo para preservar renda e emprego, além de estimular um cenário menos desfavorável para o momento pós crise”

A economia da cultura e da arte foi o primeiro setor a sentir os efeitos econômicos da crise provocada pela pandemia da covid-19. Com a necessidade de isolamento social, para conter a disseminação do novo coronavírus e preservar vidas, ações culturais, feiras de livros, de artes, de turismo e economia criativa, espetáculos e garbosas eventos foram cancelados ou adiados, afetando milhares de artistas, técnicos e produtores.

A boa notícia em meio a um cenário de incertezas é que o Governo do Pará, através da Secretaria de Estado de Cultura, segue realizando ações emergenciais que visam ajudar os profissionais do mercado cultural neste momento difícil para toda a humanidade.

Uma das primeiras ações idealizadas pela Secretária de Cultura Úrsula Vidal foi o Festival Te Aquieta em Casa, primeiro edital emergencial do país na área, elaborado para atender as necessidades de artistas afetados pelo isolamento social. A seleção da Secult, por seu pioneirismo e transparência, serviu de base e inspiração para ações semelhantes em outros estados, como São Paulo, Ceará e Maranhão.

“O edital é uma forma reconhecida de transparência no processo de seleção de projetos. Queremos mitigar o impacto sobre o setor cultural e criativo para preservar renda e emprego, além de estimular um cenário menos desfavorável para o momento pós crise”, explica a Secretária de Cultura Úrsula Vidal.

“É claro que não conseguiremos atender a toda a demanda de inscritos e nem poderíamos - há uma queda brutal de arrecadação afetando o orçamento do estado. Mas estamos fazendo o possível para atender o máximo de pessoas e de fazeres culturais e criativos, em diversas regiões do estado e não apenas em Belém. Os não contemplados passam a figurar em nosso cadastro para ações futuras”, disse Bruno Chagas, Secretário Adjunto de Cultura.

“Salvar vidas garantindo renda é possível sim, mas isso seria mais fácil se tivéssemos o apoio do governo federal. E estamos fazendo isso com recursos próprios do estado, mantendo a lisura, a agilidade e a transparência”, destacou a Secretária de Cultura, Úrsula Vidal.

“O Governo Federal tem R$ 900 milhões parados no Fundo Nacional de Cultura que, se liberados, ajudariam o setor a atravessar essa crise”, sugere a secretária.

Na quinta-feira (30), a Secult divulgou a última listagem de selecionados do Te Aquieta em Casa. Ao todo, foram 380 fazedores e fazedoras de cultura, de diversas linguagens artísticas, contemplados com o valor de R$ 1.500,00 cada um.

Além do edital Te Aquieta em Casa, a Secult divulgará em breve o resultado do edital Preamar de Cultura e Arte, outra importante iniciativa do Governo do Pará.