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Cultura

Mangal das Garças fomenta despoluição por meio da reciclagem

Objetos achados no aningal do parque, como peças residuais de pequenas embarcações, são retrabalhados e transformados em arte

Equipe do Mangal das Garças transforma resíduos de barcos trazidos pela maré em artigos de arte e de conscientização ambientalO Parque Zoobotânico Mangal das Garças, administrado pela Organização Social Pará 2000, é um ponto turístico conectado à cultura e a imensa fauna e flora regional, desenvolvendo um formidável trabalho de preservação e educação ambiental. Não é de hoje que a equipe do Parque mostra capacidade em transformar objetos antigos em artigos de arte e reminiscência contemplativa da cultura e saberes locais, a exemplo do Memorial Amazônico da Navegação, um recorte da tradição fluvial e da produção naval paraense.

A equipe do Parque pondera que, infelizmente, é corriqueiro o aparecimento de destroços de barcos trazidos pela maré, bem como outros entulhos e lixos descartados de maneira indevida pela população. Todo esse material é recolhido da área das aningas (Montrichardia linifera), espécie de planta herbácea invasora da família, das aráceas, que pode chegar a 10 metros de altura, e funciona como um filtro que retém os objetos trazidos pela maré.

Frequentemente a administração do Parque promove a limpeza e retirada desse material do aningal, momento em que surgiu mais um exemplo do fomento à educação ambiental.  Ao identificar peças residuais oriundas de pequenas embarcações, o supervisor do Mangal das Garças, Renato Amoêdo teve a ideia de guardá-las para posteriormente reaproveitá-las nos espaços do Parque.

Além de reduzir a poluição, as ruínas que antes eram consideradas descartáveis foram convertidas em lindas peças de decoração, instaladas em um painel de madeira, na área onde ficam algumas mesas do quiosque Pai D’ Égua, dentro do Mangal. Itens náuticos como leme e outros artefatos garantiram uma decoração marítima ao espaço, tornando-o ainda mais atrativo e aconchegante para os frequentadores. Em breve samambaias serão aplicadas no painel dando numa ambientação final.

“A equipe do Mangal está sempre trabalhando nas manutenções do parque e nas horas vagas projetamos a modificação de algumas áreas para torná-las mais atrativas aos olhos do público”, revela o supervisor Renato Amoêdo.

A revitalização das peças foi realizada por Orlando Rodrigues, locatário do quiosque Pai D’ Égua, de refeições, e do quiosque Papa Chibé, que vende souvenirs. “Uma parte importante neste processo foi a pintura, as cores vivas deram uma cara nova aos objetos desgastados e já atraem pessoas, que posam para fotografias e aproveitam para conhecer os quiosques”, conta Orlando Rodrigues.

Vale ressaltar que o Estado do Pará é um dos mais ricos em recursos naturais de toda a região Norte. Por isso, incentivar e praticar atividades que diminuam os danos ao meio-ambiente e que conscientizem as pessoas da importância de preservá-lo é fundamental.

MANGAL DAS GARÇAS

Funcionamento de terça a domingo, de 9h às 18h.
Endereço: rua Carneiro da Rocha, s/n, no bairro da Cidade Velha, em Belém.
Entrada franca
Programação
10h e 16h - Soltura das borboletas no Borboletário
11h, 15h, 17h30 - Alimentação das garças no Recanto da Curva
Para visitar os espaços monitorados é necessário adquirir o ingresso por 5 reais.
Para entrar no parque é obrigatório o uso de máscara.

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Agência Pará