O II Curso de Formação em Ópera teve início na tarde desta segunda-feira (3), com a aula inaugural que reuniu os 80 bolsistas e contou com a presença virtual da secretária de Estado de Cultura, Ursula Vidal; do corpo de diretores do Theatro da Paz, Daniel Araújo, Jena Vieira e Nandressa Nuñez; do especialista em ópera, Sérgio Casoy, além de professores das disciplinas que serão ministradas via sala de aula digital até dezembro.
A secretária explicou que o curso é uma continuidade das ações formativas iniciadas em 2019, quando da implementação de uma proposta de profissionalização aos trabalhadores em ópera aliada à programação do já tradicional Festival de Ópera, que este ano chega à sua 19ª edição. Ela também falou sobre o desafio de reinventar a ação, por conta da pandemia do novo coronavírus.
“É um momento desafiador para todos nós, organizadores do festival, e também para as alunas e alunos, com muito aprendizado. Aprendemos a fazer um novo modelo de formação, com as salas de aula online, e também com a experiência das realidades dos alunos, suas experiências, vivências, seus territórios. A gente sabe que o Pará ocupa um lugar de respeito com a produção operística e é nossa responsabilidade manter essa atividade, há um público ávido em aprender e se profissionalizar”, disse Ursula Vidal.
O diretor do Theatro da Paz, Daniel Araújo, lembrou que mesmo com cada aluno em sua casa, em seus espaços, sem a possibilidade de encontros presenciais para movimentar o curso, é um momento a ser celebrado. “Pelo computador não temos tantas formalidades, mas é com a mesma formalidade e afinco que estamos há cinco meses planejando esse curso, para que tudo saia da melhor maneira".
A diretora artística Jena Vieira também enfatizou o esforço conjunto de uma equipe multiprofissional para que o curso pudesse ocorrer de forma virtual. “Agora, além dos nossos parceiros para a ópera, desde a parte técnica até a parte conceitual, temos também o nosso time da informática, que torna possível os ambientes para realizarmos nossos encontros, já que até o início do ano estávamos nos preparando para ter um festival nos palcos do Theatro da Paz”, comentou.
Já a diretora de produção Nandressa Nuñez tocou numa questão fundamental para a adaptação do Festival de Ópera em tempos de pandemia: a importância do trabalho em equipe. “Nós agradecemos aos alunos por vivenciarem conosco essa experiência. Estamos reescrevendo a história da ópera, com certeza, pela ousadia de realizá-la. Juntos vamos fazer o novo. Miguel de Cervantes disse que quando se sonha junto, o sonho se torna realidade. Vamos juntos rumo à essa nova realidade”, emocionou-se.
Confraternização - A aula inaugural também foi um momento de confraternização entre os professores e alunos. “Esse festival visa educar as gerações que estão vindo, parabéns por essa iniciativa, a primeira do Brasil com a garra para colocar esse projeto à frente”, disse Sérgio Casoy, que vai ministrar oficina sobre história da ópera.
O cenógrafo e figurinista Cláudio Rêgo, aluno do II Curso, diz que é uma honra participar das aulas. “Esse teatro para mim é como se fosse minha casa e essa equipe minha família, que mesmo em um momento de pandemia consegue se manter mais unida ainda. Estou feliz por participar desta experiência, que é única no Brasil, e ajudar a fazer história na cultura de nosso Estado”, declarou.
A cantora Luciana Soares considerou o desafio de fazer um curso de longa duração online, mas ao mesmo tempo achou acertada a proposta de não cancelar o curso. “Eu já tenho grande admiração pelos professores e são aulas muito interessantes. Até mesmo as oficinas da área técnica eu queria fazer, de tão interessante que está a grade de aulas. É um curso que agrega um conteúdo muito rico”, finalizou. (Com informações de Sorella Conteúdo)
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Agência Pará
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