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Cresce o número de casos confirmados no Pará de Covid-19; parte da população não cumpre medidas preventivas

Governo volta a reiterar a necessidade das medidas de prevenção para evitar que o Estado comece a "contar mortes"

Helder Barbalho frisou que os números atuais refletem a desobediência ao isolamento socialO cenário que o governo do Estado tentou evitar com uma série de medidas, principalmente o isolamento social, vem se concretizando no Pará. A cada dia, o número de infectados pelo novo Coronavírus aumenta exponencialmente. Nesta sexta-feira (3), no comunicado à população, o governador Helder Barbalho chamou a atenção de todos para a seriedade do momento atual. “Todos os dias temos alertado à população que esse processo viral se assemelha a uma montanha, e cabe a nós fazer uma opção: se essa escalada será longa em números, e se ela será duradoura entre nós”, disse o governador, diante do crescimento do número de casos da doença. 

O último boletim registra 75 casos confirmados, 94 em análise, 1.000 descartados e um óbito. A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) divulgou, nas redes sociais, alguns casos identificados em vários municípios, como Itaituba, Marabá, Novo Progresso, Altamira, São Geraldo do Araguaia, Goianésia do Pará, Oeiras do Pará e Benevides.

“Feito esse balanço. Quem está relutando em acreditar na gravidade e quem ainda resiste à percepção de que cada um precisa contribuir, eu peço que possamos ter a certeza, finalmente, que o Estado não está livre do Coronavírus”, reiterou Helder Barbalho.

O secretário de Estado de Saúde Pública, Alberto Beltrame, ressaltou que a população não obedece, como deveria, às medidas de isolamento e distanciamento social, por isso o crescimento do número de contaminados. “As pessoas relaxaram, estão tranquilas, circulando, e o resultado está aqui”, disse o secretário, diante do quadro diário da Covid-19.

As autoridades pediram sensatez e responsabilidade à população, e voltaram a orientar para que todos fiquem em casa. Segundo o secretário, é preciso pensar no sistema de saúde que não pode entrar em colapso, senão haverá o risco de não atender com qualidade e segurança, sobretudo os casos mais graves da doença.

“Hoje temos cinco pessoas em internação. Alguns estáveis, e outras ainda entubadas, em ventilação mecânica. As pessoas adoecem e o sistema de saúde não pode adoecer. Sem sobrecarga, os profissionais, a seu tempo e sua forma, irão atender todos que necessitarem. Do contrário, teremos uma triste notícia em breve: passaremos a contar as mortes no Pará”, enfatizou Alberto Beltrame.