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Poder

Ailton Barros aponta ex-deputado estadual como mandante do assassinato de Marielle Franco

Detido na operação que mirou Bolsonaro, Ailton Barros faz conversa em conversas com investigados

Preso pela Polícia Federal (PF) na operação que teve como alvo o ex-presidente Bolsonaro (PL), Ailton Barros afirmou que um ex-deputado estadual do Rio de Janeiro seria o mandante da morte da vereadora Marielle Franco. A tese foi detalhada por ele a pessoas também mencionadas na investigação envolvendo o ex-presidente.

Nas conversas, Ailton Barros defendeu o ex-vereador carioca Marcello Siciliano, anteriormente acusado de participação no assassinato de Marielle. Em seguida, atribuiu o crime a um ex-parlamentar da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), que teria ganhado mais influência após deixar o cargo. Esse político já foi investigado pela Polícia Civil no contexto das investigações sobre a morte da vereadora.

Ailton Barros é acusado de envolvimento em um esquema de fraude em carteiras de vacinação que levou os aliados de Bolsonaro à prisão. Para viabilizar o esquema, ele teria procurado Siciliano. A PF indica que Siciliano teria condicionado a ajuda à obtenção de um visto para os Estados Unidos.

Durante seu mandato como vereador, Siciliano ficou conhecido por ser auxiliar a obter em hospitais. Por ser conhecido nesse tipo de "serviço", tornou-se a alternativa de Barros na questão da carteira de vacinação.

Fontes consultadas afirmam que Siciliano planejava viajar com a família à Disney, na Flórida, mas enfrentava dificuldades burocráticas e mantinha uma relação de amizade com Ailton Barros. No entanto, essas mesmas fontes, que conhecem tanto Siciliano quanto Barros, negam que o ex-vereador tenha imposto qualquer condição ao aliado.