Preso pela Polícia Federal (PF) na operação que teve como alvo o ex-presidente Bolsonaro (PL), Ailton Barros afirmou que um ex-deputado estadual do Rio de Janeiro seria o mandante da morte da vereadora Marielle Franco. A tese foi detalhada por ele a pessoas também mencionadas na investigação envolvendo o ex-presidente.
Nas conversas, Ailton Barros defendeu o ex-vereador carioca Marcello Siciliano, anteriormente acusado de participação no assassinato de Marielle. Em seguida, atribuiu o crime a um ex-parlamentar da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), que teria ganhado mais influência após deixar o cargo. Esse político já foi investigado pela Polícia Civil no contexto das investigações sobre a morte da vereadora.
Ailton Barros é acusado de envolvimento em um esquema de fraude em carteiras de vacinação que levou os aliados de Bolsonaro à prisão. Para viabilizar o esquema, ele teria procurado Siciliano. A PF indica que Siciliano teria condicionado a ajuda à obtenção de um visto para os Estados Unidos.
Durante seu mandato como vereador, Siciliano ficou conhecido por ser auxiliar a obter em hospitais. Por ser conhecido nesse tipo de "serviço", tornou-se a alternativa de Barros na questão da carteira de vacinação.
Fontes consultadas afirmam que Siciliano planejava viajar com a família à Disney, na Flórida, mas enfrentava dificuldades burocráticas e mantinha uma relação de amizade com Ailton Barros. No entanto, essas mesmas fontes, que conhecem tanto Siciliano quanto Barros, negam que o ex-vereador tenha imposto qualquer condição ao aliado.
18/11/2024 | 20:24
29/09/2024 | 13:11
25/08/2024 | 07:42