Dando continuidade aos compromissos na 27ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP 27), este ano, realizada na cidade de Sharm El Sheikh, no Egito, o governador do Pará, Helder Barbalho, participou do Encontro dos Governadores pelo Clima - ratificação da coalizão e do lançamento do consórcio Brasil Verde, nesta segunda-feira (14). O encontro foi realizado pelo Centro Brasil no Clima (CBC), em parceria com o Instituto Clima e Sociedade.
Participaram como painelistas Guilherme Sirkis, diretor executivo do Centro Brasil no Clima; Fábio Feldmann, consultor sênior em Advocacy do Centro Brasil no Clima; Sérgio Xavier, articulador político do Centro Brasil no Clima; Marina Silva, deputada estadual, ex-senadora e ministra do Meio Ambiente; Renato Casagrande, governador do Estado do Espírito Santo; e Izabella Teixeira, ex-ministra do Meio Ambiente de governos brasileiros, também, outros governadores do Brasil.
A carta de compromisso assinada por mais de 15 Estados e que propõe uma nova economia que seja efetivamente regenerativa e inclusiva foi debatida durante o painel. Nela, o CBC propôs a implantação de laboratórios para desenvolver essas novas cadeias regenerativas.
“Em Alagoas, por exemplo, está sendo criada uma pequena associação, com pequenos produtores, de crédito social. estamos testando a possibilidade de unir milhares de agricultores da agricultura familiar que preservaram suas áreas e que possam ter acesso ao mercado de carbono. são modelos econômicos realmente inovadores que nós podemos trabalhar em vários biomas”, exemplificou Sérgio Xavier, articulador político do Centro Brasil no Clima.
Para o governador do Pará, Helder Barbalho, o momento é muito especial para a discussão não apenas a respeito do clima mas para um posicionamento do Brasil, sendo esta a oportunidade para a construção de uma fortificação do pacto federativo do envolvimento da sociedade civil e da relação de todos os agentes que possam colaborar para que o país exerça plenamente o seu protagonismo.
“Hoje pela manhã fui perguntado se um posicionamento de um novo governo pode ofuscar o protagonismo dos Estados subnacionais e a minha resposta foi pelo contrário. Tudo que nós queremos é somar forças, somar energias, trabalhar para mostrar que o Brasil tem responsabilidade ambiental e com a pauta climática. Com a preservação da floresta. Nosso país quer discutir floresta em pé, o nosso país quer discutir floresta viva. Uma floresta que esteja em pé, mas que valorize, prestigie os saberes das comunidades tradicionais e que possa gerar renda”, avaliou o governador paraense.
A peculiaridade de cada Estado também foi pontuada durante o painel. É necessário buscar a solução climática respeitando a realidade local, inclusive as suas colaborações. São Paulo, por exemplo, exerce um protagonismo, com suas fábricas, com um outro viés que vai buscar fazer da sua indústria uma indústria de baixa emissão, o que não tira o seu protagonismo.
“Neste mosaico que representa o Brasil, que todos nós possamos cumprir com o nosso papel, valorizando nossa gente, preservando o meio ambiente e construindo no presente o futuro que a nossa sociedade espera. Que os Estados da Amazônia legal possam juntos solidificar cada vez mais uma agenda de um Brasil altivo, para a construção de um novo tempo de sustentabilidade e acima de tudo conciliando gente e floresta como os principais ativos que nós temos no nosso território, no nosso país”, finalizou Helder Barbalho.
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Ag. Pará
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