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Bolsonaro publica vídeo pedindo desbloqueio de rodovias, mas apoia manifestações golpistas

Líder golpista em SC, um dos estados onde ainda há mais bloqueios ilegais, diz que vídeo divulgado por Bolsonaro para liberar estradas é "zum zum zum" e prega abandono ao presidente. "Queremos, sim, uma intervenção militar"

Jair Bolsonaro e golpistas de Santa CatarinaMesmo após pedido de Jair Bolsonaro (PL) em live para que os apoiadores liberassem as rodovias, os golpistas mantiveram bloqueios das estradas em ao menos 8 estados.

Segundo o último boletim da Polícia Rodoviária Federal (PRF), divulgado às 6h17 desta quinta-feira (3), ainda há 63 interdições. O maior número de bloqueios está em Mato Grosso, com 27 interdições, seguido de Santa Catarina, com 17.

Segundo publicou o site Metrópoles, a PRF já multou cerca de dois mil motoristas até essa quarta-feira, num total de R$ 18 milhões em autuações em rodovias federais e estaduais.

Em vídeo que circula nas redes e em grupos de WhatsApp, parte dos golpistas dão sinais que abandonaram Bolsonaro e agora pedem intervenção das Forças Armadas.

"Que essas informações cheguem a outros grupos que estão com esse mesmo propósito, que é salvar a nossa pátria. Teve um zum zum zum ai, que o Bolsonaro se pronunciou, pediu a liberação das pistas. Se acontecer, se botamos no lugar dele, ele ainda é presidente. Cada um de nós senta na cadeira dele, se ele não fizer, vai ser omisso, se ele está gostando, ou seja... Temos que ter noção de uma coisa: nós não temos mais presidente, não queremos mais o Jair Messias Bolsonaro como presidente. Queremos, sim, uma intervenção militar, queremos o Exército para vim botar a ordem no nosso país", diz o homem, que foi identificado no Twitter como "líder do movimento em Rio do Sul, Santa Catarina".

Na noite desta quarta, Bolsonaro disponibilizou o vídeo em suas redes em que ele pede para os golpistas liberarem as rodovias.

"É legítimo. Mas eu quero fazer um apelo a você: desobstrua as rodovias. Isso daí não faz parte, no meu entender, de manifestações legítimas", disse o presidente, pedindo que os atos continuem em outros locais

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Brasil de Fato