A um mês do primeiro turno das eleições, o candidato da coligação Brasil da Esperança à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), conclamou a militância a intensificar a campanha e nas ruas e aumentar as chances de vitória já em 2 de outubro, dia do primeiro turno. “Que cada um de vocês se transformem no Lula a partir de hoje. Cada um de vocês é um Lula”, disse o ex-presidente, no encerramento de seu comício em Belém na noite desta quinta-feira (1º).
No ato Juntos pelo Pará, Lula conclamou os de presentes a “recuperar o orgulho de ser brasileiro”, com uma mensagem baseada na propagação das conquistas dos governos petistas anteriores, fazendo o enfrentamento da campanha patrocinada pelo seu principal adversário na corrida presidencial. “É hora de pedir votos e de combater a “máquina de fake news” do atual presidente, Jair Bolsonaro (PL). Juntos somos muita coisa.” Ele voltou a listar razões para que o Bolsonaro seja considerado um “genocida“.
O apelo à militância para elevar o tom da campanha coincide com a divulgação da pesquisa Datafolha, que indica o ex-presidente com 45% das intenções de voto, diferença de 13 pontos sobre o atual presidente. Sobre o falso discurso patriótico do adversário, Lula afirmou que, “pátria tem nome, e chama-se povo”. “Se o povo não come, se o povo não trabalha e não estuda, esse povo não pode ser soberano.”
O candidato sugeriu que as mentiras dos apoiadores do atua presidente sejam rebatidas. “Quando encontrarem um fascista, um miliciano, um bolsonarista falando bobagem, perguntem a ele qual a obra que Bolsonaro fez no estado do Pará? Pergunte quantas casas ele fez. Quantos empregos ele gerou, se deu aumento para o salário mínimo”, disse Lula, entusiasmando as milhares de pessoas que compareceram ao Espaço Náutico Marine Clube. A organização do comício não divulgou estimativa de público presente.
Lula reforçou que, se eleito, uma de suas primeiras medidas será iniciar o combate ao garimpo ilegal no país”. Disse querer voltar ao Pará para se banhar nas “águas azuis” do Rio Tapajós, fazendo referência ao tom vermelho resultante da poluição por mercúrio usado pelos garimpeiros para a extração de minerais.
Além disso, afirmou que em seu eventual novo governo a floresta amazônica não vai ser nem “queimada”, nem “desmatada”. Em vez disso, ele afirma que o bioma será “estudado” e “pesquisado”, para que sua biodiversidade possa ser aproveitada de maneira sustentável para criar empregos e renda para a população da região.
Como forma de promover cidadania Lula prometeu recriar os ministérios das Mulheres, da Igualdade Racial e da Pesca. Além disso, reafirmou o compromisso de criar o “Ministério dos Povos Originários“. “A gente vai ter um indígena ou uma indígena, um quilombola ou uma quilombola no cargo de ministro”, destacou.
Lula também voltou a manifestar indignação com o avanço da fome, que atinge 33 milhões de brasileiros, apesar de o Brasil ser o terceiro maior produtor de alimentos do planeta. Também destacou que não houve ganho real do poder de compra do salário mínimo durante todo o mandato de Bolsonaro. Durante os mandatos petistas, por outro lado, o salário mínimo teve reajuste todos os anos, chegando a 74% de aumento acima da inflação ao fim do período.
O deputado federal Beto Faro (PT), candidato ao Senado, ressaltou que “falta parceria” com o governo federal para o Pará se desenvolver. Lembrou que durante o governo Lula houve expansão importante do ensino superior no estado. “Antes de você, só tinha uma universidade. Agora, nós temos quatro. Além de 17 institutos federais. Mas depois que o PT saiu, tudo isso parou.”
Do mesmo modo, Faro deu destaque às mais de 100 mil unidades habitacionais construídas por meio do programa Minha Casa Minha Vida, uma das principais marcas dos governos Lula e Dilma Rousseff. “Depois do PT, nenhuma casa a mais foi feita pelo governo federal. Nossa esperança é que Lula volte a ser presidente, para que a gente possa retomar esses projetos”, disse Faro.
RBA
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