IBOVESPA 107.398,97 −6.278,28 (5,52%)

Economia

Desemprego recua, mas informalidade bate recorde

Taxa foi de 9,1% no trimestre encerrado em julho, igualando patamar de dezembro de 2015. Queda ocorre paralelamente ao aumento da informalidade no mercado de trabalho.

Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) registrou queda no desemprego no BrasilA taxa de desemprego no Brasil recuou para 9,1% no trimestre encerrado em julho, patamar que havia sido alcançado pela última vez no trimestre encerrado em dezembro de 2015, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta quarta-feira (31/08).

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), realizada pelo IBGE, aponta que 9,9 milhões sofrem com a falta de emprego, queda de 12,9% em relação ao trimestre encerrado em abril, e o menor número registrado desde o trimestre encerrado em janeiro de 2016.

Na Pnad anterior, que cobriu o trimestre encerrado em junho, a taxa de desemprego era de 9,3%, o que representava 10,1 milhões de pessoas. Na mínima da série histórica, registrada em 2014, a taxa foi de 6,5%.

Segundo a pesquisa, a população subutilizada caiu para 24,3 milhões de pessoas, e o total de indivíduos fora da força de trabalho caiu para 64,7 milhões. A população desalentada – as pessoas que desistiram de encontrar trabalho – diminuiu para 4,2 milhões.

Aumento do trabalho informal

Por trás da queda no desemprego está o aumento do número de pessoas que aderiram ao trabalho informal, que bateu o recorde da série histórica iniciada em 2012 e atingiu 13,1 milhões de pessoas.

No trimestre encerrado em julho, 39,8% da força de trabalho no Brasil era formada por trabalhadores informais. Esse grupo inclui pessoas sem carteira assinada, trabalhadores familiares auxiliares ou aqueles que trabalham por conta própria, sem um CNPJ.

O número de trabalhadores sem registro ou carteira assinada foi o maior de toda a série histórica, chegando a 13,1 milhões.

Desempenho dos grupos de atividades

As categorias que mais receberam novos profissionais foram administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, com 648 mil novas pessoas empregadas; e a de comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas, com 692 mil.

Entre os grupos de atividades, o único que não apresentou aumento na população ocupada foi o de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura. Nenhum grupo teve queda no número de pessoas empregadas.

Segundo a Pnad, o total de empregadores no Brasil entre maio e julho era de 4,3 milhões. O rendimento real habitual ficou em R$ 2.693, o que, apesar da alta em relação ao trimestre anterior, ainda acumula queda no ano.

 

rc/bl (ots)