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Poder

Lula, Ciro, Tebet e Janones repudiam ataque de Bolsonaro contra as eleições

Lula (PT), Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB) e André Janones (Avante) rechaçaram as mentiras de Jair Bolsonaro, em reunião com embaixadores

“Esses questionamentos são ruins para o Brasil sob todos os aspectos”, afirmou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que acrescentou: “a segurança das urnas eletrônicas e a lisura do processo eleitoral não podem mais ser colocadas em dúvida”

Os presidenciáveis Lula (PT), Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB) e André Janones (Avante) rechaçaram as mentiras de Jair Bolsonaro, em reunião com embaixadores, contra as urnas eletrônicas e defenderam a democracia.

“É uma pena que o Brasil não tenha um presidente que chame 50 embaixadores para falar sobre algo que interesse ao país. Emprego, desenvolvimento ou combate à fome, por exemplo”, comentou o ex-presidente Lula. “Ao invés disso, conta mentiras contra nossa democracia”, completou.

O ex-governador do Ceará, Ciro Gomes, disse que Jair Bolsonaro “cometeu vários crimes de responsabilidade”.

“Nunca, em toda história moderna, o presidente de um importante país democrático convocou o corpo diplomático para proferir ameaças contra a democracia e desfilar mentiras tentando atingir o Poder Judiciário e o sistema eleitoral”, considerou.

“Ele não pode ser mais presidente de uma das maiores democracias do mundo ou o Brasil não pode mais se dizer integrante do grupo de países democráticos”, avaliou o pré-candidato.

“Bolsonaro cometeu vários crimes de responsabilidade e temos que buscar instrumentos legais para retirá-lo do cargo. Sei que se trata de uma tarefa delicada porque temos uma figura como Arthur Lira na presidência da Câmara, a quem caberia dar andamento a um pedido de impeachment”, acrescentou.

“Não há mais paciência política nem armadura institucional capazes de suportar tamanho abuso. Muito menos complacência de se interpretar organização clara e deliberada de golpe como arroubos retóricos ou desatinos de um presidente desqualificado”, pontuou.

A senadora Simone Tebet, pré-candidata pelo MDB, comentou que Jair Bolsonaro faz o Brasil passar “vergonha diante do mundo”.

Bolsonaro “convocou embaixadores e utilizou de meios oficiais e públicos para desacreditar mais uma vez o sistema eleitoral brasileiro”.

“Reforço minha confiança na Justiça Eleitoral e no sistema de votação por urnas eletrônicas”.

O deputado André Janones (Avante-MG) afirmou que “se o presidente não sofrer nenhuma consequência por seus atos criminosos na data de hoje, ele vai ter certeza absoluta de que poderá fazer qualquer coisa. De demonizar o pleito, a tentar um golpe”.

Para Janones, “Bolsonaro precisa ser demovido do cargo e jogado na lata de lixo da história”. “Nesse papo de fraudes nas eleições, creio que só o Amoedo tem o direito de questionar o TSE a respeito, afinal, todo mundo jura por Deus que votou nele no primeiro turno”, ironizou.

O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), criticou a fala de Bolsonaro.

“O Congresso Nacional, cuja composição foi eleita pelo atual e moderno sistema eleitoral, tem obrigação de afirmar à população que as urnas eletrônicas darão ao país o resultado fiel da vontade do povo, seja qual for”, afirmou.

Na tarde de segunda-feira (18), Bolsonaro se reuniu com embaixadores do mundo inteiro para fazer uma apresentação com teorias da conspiração e fake news sobre as urnas eletrônicas.

Todos os pontos levantados já foram respondidos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e não são sequer indícios de que as eleições via urna eletrônica podem ser fraudadas.

Ele tem atacado a democracia, pois não enxerga nenhuma possibilidade de vencer as eleições. As pesquisas mostram que ele é o candidato mais rejeitado, ao mesmo tempo em que está 16 pontos atrás de Lula, segundo o Datafolha.

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