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Caso Bruno e Dom: Fontes dizem que houve perseguição, tiros e que lancha ficou desgovernada

Amarildo alega em depoimento que houve troca de tiros e aponta mais um envolvido no crime

Fontes que atuam na investigação sobre a morte do indigenista brasileiro Bruno Araújo Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips avaliam que, até agora, a versão mais plausível para os assassinatos é a de que Amarildo da Costa de Oliveira, o "Pelado", perseguiu a lancha em que as duas vítimas estavam. Atiraram contra eles, o barco ficou desgovernado e acabou entrando na mata às margens do rio Itaquaí. Amarildo e mais um suspeito teriam ido então até o barco e terminado de executar Pereira e Phillips.
Essa avaliação foi feita após o depoimento de testemunhas e do próprio Amarildo, após preso. Ele, no entanto, afirma que não atirou contra o barco do indigenista e do jornalista, mas, sim, outra pessoa.

Amarildo alega que houve troca de tiros com Bruno Pereira e também afirma que um outro homem teria ajudado a queimar e a enterrar os corpos na mata. Teria sido usada uma espingarda calibre 16, mas a perícia ainda vai ter que atestar se de fato foi usada essa arma – e se os corpos são mesmo de Bruno Pereira e Dom Phillips.

Linhas de investigação

Há diferentes linhas de investigação. Uma seria uma rixa dos pescadores ilegais com Bruno Pereira. A rixa teria sido causada porque Bruno estava fazendo o seu trabalho na região, mas, para os pescadores ilegais, ele estava tirando o sustento das pessoas que estão atuando de forma ilegal, fora da lei. Então seria uma vingança com alvo certo, que seria Bruno. Mas Dom Phillips estava junto, então os policiais acreditam que os criminosos não mediram esse fator na repercussão.
A segunda linha de investigação é a seguinte: "Tem um mandante? Tem alguém maior, alguém que foi lá e pagou?". Ainda não há conclusão, nem previsão para a investigação ser concluída.

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Andréia Sadi e Julia Duailibi | G1