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Poder

Presidente do PV afirma que federação com o PT será formada mesmo sem o PSB

Com divergências eleitorais nos estados e na composição da diretoria do bloco, um acordo entre petistas e socialistas ainda não saiu

O presidente do PV, José Luiz Penna, afirmou nesta quarta-feira 23 que a federação com o PT e o PCdoB sairá do papel mesmo se o PSB desistir de compor o bloco.

“Eu trabalho para que o PSB não saia, mas caso a dificuldade permaneça a gente vai tocar a federação com quem ficar”, disse em conversa com CartaCapital. “Já fizemos consultas no partido. Do nosso lado, está tudo feito”.

O dirigente vê com “surpresa” a possível não participação dos socialistas e reconhece que há “um
enorme desentendimento”. “É lastimável porque não é bom para ninguém”.

Com divergências eleitorais nos estados e na composição da diretoria da federação, um acordo entre
petistas e socialistas ainda não saiu.

Na última terça-feira 22, o ex-presidente Lula reuniu-se com França e ouviu do pessebista razões que o
qualificariam para ser o candidato da federação no estado. Um dos pedidos foi que a decisão entre ele e Haddad ocorra após a realização de uma pesquisa em maio ou junho.

Há ainda outros obstáculos, como no Espírito Santo, onde o PT indicou o nome do senador Fabiano Contarato para concorrer ao Executivo estadual. O atual governador, Renato Casagrande, é do PSB e pretende disputar a reeleição.

No Rio Grande do Sul, a disputa se dá entre Edegar Pretto (PT) e Beto Albuquerque (PSB).

Após os partidos entrarem em um acordo em Pernambuco, onde o senador Humberto Costa (PT) retirou
a sua candidatura ao governo do estado em favor de um nome a ser indicado pelo governador Paulo Câmara (PSB), a presidente do PT, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, disse que antes de resolver o assunto em São Paulo era preciso acertos no Espírito Santo e no Rio Grande do Sul.

Penna ressalta que, das federações em formação, a que o PV participará é a mais adiantada e reforça que a união é importante porque a eleição se dará entre democratas e autoritários.

Se concluída, a federação será obrigada a lançar chapas conjuntas em todos os estados e a atuarem
unidas por quatro anos no Congresso e nas Assembleias.

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CartaCapital