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Cidades

Governo finaliza etapa do trabalho de estabilização da ponte da ilha de Outeiro

A Secretaria de Transportes do Pará trabalha de forma ininterrupta na obra de reconstrução da ponte interditada após o choque de uma embarcação

A Secretaria de Estado de Transportes (Setran) iniciou a protensão dos cabos instalados para dar sustentação à  estrutura da ponte do Outeiro que cedeu, cerca de um metro, após a ruína do seu pilar central. O trabalho ocorre desde sexta-feira  passada(11), quando chegaram ao canteiro de obras na ilha, que é distrito de Belém, os equipamentos hidráulicos (martelo vibratório, martelo hidraúlico e guindaste), usados na execução da  protensão.

A protensão é uma técnica que tem como objetivo aumentar a resistência do elemento estrutural às tensões de tração exercidas sobre a estrutura, em construção. Para fazer isso são aplicadas tensões internas à estrutura com sentido oposto ao sentido dos carregamentos verticais, no caso das vigas longarinas. Na protensão são posicionados cabos de aço de alta resistência 1860 MPa dentro da estrutura. Esses cabos são tracionados dentro do seu limite elástico, por meio de equipamentos hidráulicos, até atingir a força que foi determinada em projeto da ordem de 65% e são, então, travados em ancoragens, assim garantindo a estabilidade da estrutura.

Segundo o secretário de Estado de Transportes (Setran), Adler Silveira, após a aplicação das protensões será feito, ainda esta semana, o primeiro teste de carga para avaliar se a estrutura poderá ser liberada para motociclistas, ciclistas e pedestres, "garantindo, com maior agilidade possível, a mobilidade da população no período que a ponte estiver em obras de reconstrução, conforme  orientação do governador Helder Barbalho",  afirma Adler Silveira.

Reconstrução - A Setran trabalha de forma ininterrupta também na obra de reconstrução da ponte. Os trabalhos se concentram na construção do pilar central, que deve atingir 50 metros de altura, na primeira etapa e 62 metros na segunda etapa, para sustentação de 20 cabos estais, a exemplo do que foi feito na reconstrução da ponte União, na Alça Viária. Para isso, a equipe de sondagem realiza a análise do solo a profundidade de até 50 metros, para reconhecer o perfil geotécnico do solo, o tipo de material e a resistência que ele oferece para definir a profundidade das estacas de fundação com diâmetro da ordem de 1,5 a 2,2 m com cargas da ponte com duas faixas em cada uma.

A estrutura precisou ser interditada no último dia 17 de janeiro após um dos apoios do trecho central sofrer abalroamento de uma embarcação.

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Agência Pará