A Secretaria de Estado de Transportes (Setran) adotou a partir desta semana um terceiro turno de trabalho nas obras de reconstrução da ponte do Outeiro, distrito de Belém. As equipes, que atuam em duas frentes, utilizam refletores para garantir que a dinâmica seja mantida e agilizada no horário noturno. Os operários seguem executando os serviços às 21h, meia-noite e até para 8h da manhã, conforme a necessidade da atividade.
"Nesta etapa, para garantir a integridade da estrutura da ponte, os operários estão trabalhando na protensão dos cabos visando a estabilidade das vigas. Até a próxima semana testes de carga serão realizados objetivando a liberação de trânsito de pedestres, motocicletas e bicicletas de forma organizada", explica Adler Silveira, titular da Setran.
A ruína do pilar central da ponte do Outeiro aconteceu no último dia 17 de janeiro, após o choque de uma balsa, deixando a ponte instável, o que levou à interdição da estrutura.
"A gente está aqui justamente pra atender ao pedido do governador para liberar o mais rápido possível o tráfego de carros pequenos, ciclistas, motoqueiros e pedestres. Por isso, estamos estendendo para esse horário noturno de trabalho para fazer o possível e agilizar o serviço para a comunidade. Precisamos continuar e às vezes até entramos em um terceiro turno, a partir das 21h até 6h ou 8h da manhã, quando é necessário", detalha o encarregado de obra José Alfredo da Costa.
A outra frente de trabalho, responsável pela reconstrução da ponte, está na fase de mobilização de equipamentos e materiais para início de obra, o que deve ocorrer em uma breve.
Atualmente, as atividades ocorrem em três balsas, um ferryboat, um navio rebocador e duas lanchas, que formam o canteiro de obras flutuante sob a ponte do Outeiro. A equipe está com esforços direcionados para a construção do pilar central, que deve atingir 50 metros de altura, na primeira etapa e 62 metros na segunda etapa, para sustentação de 20 cabos estais, a exemplo do que foi feito na reconstrução da ponte União, na Alça Viária. Para isso, a equipe de sondagem realiza a análise do solo a profundidades de até 50 metros para reconhecer o perfil geotécnico do solo, o tipo de material e a resistência que ele oferece "para definir a profundidade das estacas de fundação com diâmetro da ordem de 1,5 a 2,2 m com cargas da ponte com duas faixas em cada sentido", detalha Adler Silveira.
Cinquenta e quatro operários trabalham na reconstrução ponte do Outeiro, mas até o final da obra esse número pode triplicar. Estamos trabalhando para que a obra chegue à fase das fundações com 30 estacas de 1,5m de diâmetro e estruturas metálicas do tabuleiro, o que pode representar a contratação de 150 pessoas direta e indiretamente.
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Agência Pará
18/11/2024 | 20:24
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