O barulho excessivo de equipamentos sonoros causa estresse e interfere diretamente no modo de vida dos animais que vivem livres no Parque Estadual do Utinga “Camillo Vianna”. O Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (IDEFLOR-Bio), responsável pela gestão do Parque, alerta que o uso de aparelhos sonoros é permitido somente com o uso de fones de ouvido.
Considerado símbolo à proteção da biodiversidade, na área urbana da Região Metropolitana de Belém (RMB), o Parque do Utinga, abriga diversas espécies de animais silvestres da fauna brasileira, como a capivara, cutia, bicho-preguiça, macaco, tucano, jacuraruru, são alguns exemplos de mamíferos, aves e répteis que circulam livremente na Unidade de Conservação, e são constantemente avistados na via e arredores do Parque.
Segundo o biólogo do IDEFLOR-Bio, Rubens Aquino, o barulho sonoro, além de causar estresse, afugenta o animal do seu habitat natural, interfere na comunicação entre indivíduos da mesma espécie, que expostos a ruídos contínuos mudam a forma de interação entre si. Os animais dependem do som para tudo, desde encontrar um companheiro, buscar alimentos, evitar predadores, transmigrar e outros. Os pássaros, por exemplo, precisam mudar a frequência do canto para serem ouvidos por outros animais, o comportamento é alterado em razão da exposição contínua a barulhos sonoros, disse o biólogo.
"O ideal é deixar o som de lado e contemplar as belezas cênicas do Parque do Utinga e ouvir os sons da natureza. O parque é uma Unidade de Conservação (UC) criado com o objetivo de preservar ecossistemas naturais de relevância ecológica e beleza cênica, estimular a realização de pesquisas científicas e, além disso, incentivar o desenvolvimento de atividades de educação ambiental, incluindo o turismo ecológico. A visitação pública é permitida e incentivada, porém as normas e restrições estabelecidas no plano de manejo da unidade, devem ser cumpridas, cujo objetivo é a preservação das riquezas naturais de nosso Estado", destacou a Presidente do IDEFLOR-Bio, Karla Bengtson.
A diretora de Gestão de Unidades de Conservação (DGMUC/IDEFLOR-Bio), Socorro Almeida, destaca que a Unidade de Conservação (UC) é um local ideal para cuidar da saúde com práticas esportivas e lazer em contato com a natureza. O Parque do Utinga possui 4 km de pistas para caminhadas, corrida, passeios de bicicleta, dispõem também de turismo de aventura como rapel, tirolesa, boia cross, além de incentivar o ecoturismo com passeios ecológicos por uma da 11 trilhas, com diferentes níveis de percurso, todas em contato direto com as diversas espécies da fauna e flora da região.
Durante o passeio ecológico, o visitante pode conhecer diversos tipos de vegetação, árvores com mais de 100 metros de altura, lagos, piscinas naturais, formações rochosas, observação da vida silvestre e outros. “No entanto, é preciso que o visitante permita-se conhecer, para isso é necessário desconectar-se dos equipamentos eletrônicos, por alguns instantes e vivenciar as belezas naturais do Parque do Utinga”, disse a diretora.
As trilhas podem ser realizadas com agendamento prévio, o passeio será guiado por condutores habilitados pelo IDEFLOR-Bio, e os grupos serão formados com até 15 pessoas. O IDEFLOR-Bio recomenda que para a realização das atividades é importante que cada participante utilize roupas leves, repelente, protetor solar, boné, garrafa de água e binóculos se houver.
Informamos que, de acordo com o decreto nº2.044/2021, que institui a Política Estadual de Incentivo à Vacinação contra a Covid-19, a entrada no Parque só será permitida mediante a apresentação da carteira de vacinação física ou digital e documento com foto. Informamos os protocolos sanitários para evitar a disseminação da Covid-19, como uso da máscara, evitar aglomeração e uso de álcool em gel devem ser respeitados para garantir a segurança de todos.
Com extensão de 1.393,088 hectares, a unidade de conservação de proteção integral brasileira foi criada em 1993. Localizado no bairro do Curió-Utinga, o parque chega até os limites do município de Ananindeua; abriga uma extensa fauna e flora, além de acolher os mananciais dos lagos Bolonha e Água Preta, responsáveis pelo abastecimento de água de 70% das residências da região metropolitana de Belém.
De segunda a sexta-feira de 6h às 17h, exceto às terças-feiras, quando o Parque fecha para manutenção.
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Agência Pará
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