Avança a obra de construção da ponte sobre o rio Meruú, na região do Baixo Tocantins. Na próxima semana, o projeto alcançará 80% de conclusão. A estrutura de concreto está sendo erguida na Rodovia PA-151, e será o principal eixo de integração entre Igarapé-Miri com outros municípios da região, especialmente Cametá e Mocajuba. A ponte deve ser concluída no primeiro trimestre de 2022.
Com 560 metros de extensão, a estrutura possui 15 apoios divididos em 14 vãos com pilares e uma viga travessa, e vigas longarinas fabricadas no próprio canteiro de obras. A fundação está totalmente concluída, e agora a obra avança para concluir a mesoestrutura formada pela instalação dos pilares e vigas. O empreendimento envolve a geração de 144 empregos diretos e indiretos, incluindo mão de obra local.
O engenheiro residente da obra Daniel Nogueira explica que, após o lançamento das vigas, será feita a concretagem de duas transversinas, para posteriormente lançar a pré-laje e moldura da laje. Ele ressalta que o maior desafio da obra - a fundação dentro do rio para instalação de estacas e pilares -, já foi concluído, o que libera a obra para o encaminhamento final das etapas seguintes.
Integração - Quando estiver pronta, a ponte permitirá a navegação de embarcações de até oito metros de altura. O empreendimento será um importante eixo de integração da malha viária, que além de interligar municípios da região, vai acelerar o desenvolvimento do comércio regional.
"A obra de construção da ponte sobre o rio Meruú é uma demanda histórica da região do Baixo Tocantins, que está 80% construída, e deve ser entregue no primeiro trimestre de 2022, fomentando toda a cadeia produtiva do açaí daquela região, maior produtora do fruto do Brasil, e ainda garantindo maior segurança no modal rodoviário, influenciando de forma direta na educação, segurança e educação de toda aquela região", ressaltar Adler Silveira, titular da Secretaria de Estado de Transportes (Setran).
Fim da espera - Para os moradores da área de influência da obra, a ponte representa a chegada do progresso em diversas áreas. "Vai ser uma evolução para todos nós, porque vai acabar com esse sofrimento de deslocamento, principalmente para quem precisa chegar nas escolas e hospitais", afirma a moradora Arlinda de Paula. A ponte vai eliminar ainda o tempo de espera de travessia, atualmente realizada exclusivamente por pequenas embarcações. Em períodos de alta temporada, como férias e Carnaval, os passageiros costumam esperar até cinco horas para chegar ao outro lado do rio.
O produtor de eventos Raimundo Lima se desloca com frequência entre Belém e Cametá, e conhece bem o transtorno do percurso." Já cheguei a ficar muitas horas no engarrafamento, esperando pra atravessar. Quando a gente tem hora pra chegar é sempre muito transtorno. Eu mesmo já cheguei atrasado várias vezes. A ponte vai fazer a gente ganhar tempo e ainda evitar mais despesas com a viagem", garante Raimundo Lima.
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Agência Pará
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