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Paraense Nayson Costa é bicampeão brasileiro do surf em água doce

O campeonato recebeu 94 inscrições e foi distribuído em três categorias: open, master e local

Campeonato de surf de água doce em Mosqueiro foi um sucessoO surfista paraense, natural do município de Salinópolis, Nayson Costa, 23, é bicampeão brasileiro de surf em água doce. O título foi anunciado na manhã deste domingo, 21, após dois dias de seletivas na praia do Marahú, na ilha de Mosqueiro.

O pódio da categoria open se completou com Isaías Silva (CE), em segundo lugar; Jeová Rodrigues (CE), em terceiro, e Júnior Rocha (PE), em quarto lugar.

Nayson Costa confirmou seu favoritismo e está mais preparado para encarar o desafio do Campeonato Brasileiro de Surf Profissional, que realizado, em dezembro, na Bahia.

Evento de primeira linha 

A comissão de arbitragem - chefiada pelo experiente árbitro cearense Pedro Viana -, considerou o evento de primeira linha e único no mundo. O surf em água doce é destacado no planeta pela beleza exótica da ilha de Mosqueiro, berço da Amazônia Paraense.

O campeonato foi realizado pela Federação Paraense de Surf com chancela da Confederação Brasileira de Surf e patrocinado pela Prefeitura de Belém, por meio da Agência Distrital, e Secretaria de Estado de Turismo (Setur).

O campeonato recebeu 94 inscrições e foi distribuído em três categorias: open, master e local. Nessa última, foram campões os surfistas de Mosqueiro: Márcio Correia, em primeiro; Luciano André, em segundo, e Fabrício Manduca, em terceiro lugar.

No máster, categoria que reúne os atletas com idade acima de trinta anos, os premiados foram: Isaias Silva (CE), em primeiro; Márcio Correia, em segundo; Jeová Rodrigues (CE), em terceiro; e Sandro Buguelo (PA), em quarto. Sandro Buguelo é o paraense tricampeão do surf na pororoca.

Os campeões levaram troféus e premiação em dinheiro para casa. O bicampeão Nayson Costa dedicou o título ao filho recém-nascido. “Vou comprar um presente pro meu filho”, disse o jovem.

Modalidade olímpica

Segundo Noélio Sobrinho, presidente da Federação Paraense de Surf (Fepasurf), o campeonato transcorreu na normalidade e a cada ano atrai atenção do público, atletas e pessoas que agora veem no surf uma modalidade esportiva e olímpica passível de ser praticada para qualidade de vida e contato com a natureza.

“O surf está despertando interesse das pessoas, sobretudo, após a conquista da medalha olímpica pelo Ítalo Ferreira e Mosqueiro faz parte da construção dessa história bonita porque é rota do esporte, juntamente com outros lugares como Indonésia, Havaí entre outros”, destaca.

Grande circuito esportivo

A agente distrital de Mosqueiro, Vanessa Egla, acompanhou a etapa final do campeonato e participou da solenidade premiação. Ela disse que em 2022, o evento deverá receber outras atrações esportivas e culturais.

Em nome do prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, Egla destacou a importância do evento para os setores do turismo e gastronomia de Mosqueiro e adiantou que o campeonato já está incluso no calendário oficial de eventos da Agência Distrital reunindo ainda outras modalidades numa espécie de grande circuito esportivo e shows artísticos.

Nesta quarta versão de 2021, o evento atraiu para Mosqueiro um bom público. A programação foi animada pelo DJ Vitor Pedra, do bairro da Cremação. Ele disse que estava muito honrado em participar e divulgar também seu trabalho e agendas de shows em Belém com grandes nomes do regaee nacional e o evento de tributo a Bob Marley, maior ídolo dos amantes do ritmo.

“A gente só tem a agradecer à Prefeitura de Belém em patrocinar essa trupe do surf, formada por gente simples, batalhadora e muito feliz no que faz”, disse.

Mosqueiro apaixonante 

Para chegar a Mosqueiro, atletas do Ceará e Pernambuco encararam mais de trinta horas de viagem de ônibus, mas confessaram que foi “paixão a primeira vista” por Mosqueiro. “Esse lugar é incrível, maravilhoso, eu gostaria até de ficar morando por aqui”, disse o atleta Jeová Rodrigues, que mora em Fortaleza e pratica o surf na praia da Formosa ou Leste-Oeste como é mais conhecida entre os surfistas.

Já o pernambucano Júnior Rocha, natural da cidade de Cabo de Santo Agostinho, na grande Recife, também destacou as belezas de Mosqueiro. “Amei esse lugar e quero voltar outras vezes”.

O paraense Sandro Buguelo chegou a Mosqueiro com a esposa Simone e a cadelinha Duda. O casal mora em Salinópolis, nordeste paraense, onde mantém uma escolinha de surf e um cotidiano peculiar de acordar cedo e levar a vida em meio à natureza.

"Sou o melhor de Mosqueiro"

Já o campeão Nayson, também precisou pegar a estrada e chegar a Mosqueiro em tempo de realizar manobras que conquistaram os juízes. “As ondas de Mosqueiro são diferentes porque as águas são mais densas, pesadas, mas a gente consegue se adaptar, buscando o equilíbrio entre o fácil e o difícil”, brincou. “Com esse bicampeonato posso dizer que sou o melhor de Mosqueiro”, completou.

O Campeonato Brasileiro de Surf em Água Doce ainda realizou apresentações de manobras noturnas na praia do Farol. A comissão de arbitragem foi formada por Neto Marques (PA), Roberto Bade (PE) e Pedro Viana (CE), que já acompanhou provas dos supercampeões Gabriel Medina e Ítalo Ferreira.

A partir da próxima semana, as atenções se voltam para o Estado da Bahia, onde será realizado o certame brasileiro profissional com o paraense Nayson Costa nas águas. O paraense é o sexto melhor no ranking nacional.