Elói Iglesias, cantor paraense e fundador da festa da Chiquita“A Festa da Chiquita é muito importante para a comunidade LGBTQI+ e não pode deixar de acontecer, porque é um espaço de resistência, de acolher a diversidade, de dizer não à qualquer forma de violência”. Foi destacando a importância do evento que Jane Patrícia, Diretora da Coordenadoria de Diversidade Sexual (CDS), comemorou a celebração da tradicional Festa da Chiquita.
Este ano, a festa, que ocorre tradicionalmente no sábado que antecede o Círio de Nazaré, teve como tema “Chiquita de todos os povos” e celebrou a diversidade e a cultura LGBTQIA+ no Pará. Com mais de quatro décadas de existência, o nome do evento surgiu pela repetição, durante as celebrações, da marchinha de carnaval “Chiquita Bacana”.
Show Jeff Moraes com participação de RaidolHá cinco anos acompanhando a festa, Julia Martins, comemora a celebração. “A festa da chiquita é muito representativa para a comunidade LGBTQIA+, sempre me senti acolhida, é um espaço onde a minha diferença é respeitada e podemos gritar quem somos”.
Por causa da pandemia, a Festa da Chiquita foi realizada de forma semipresencial no Memorial dos Povos, neste sábado, 9, com o uso obrigatório de máscara durante todo o evento e limite de lotação de até 200 pessoas.
Festa da Chiquita no Memorial dos Povos“Abrigar a Festa da Chiquita, um Patrimônio Imaterial brasileiro, é uma forma de diálogo com os mais diversos setores que compõem a sociedade de Belém e contribui para que as pessoas possam exercer livremente a sua cidadania cultural”, celebra Michel Pinho, presidente da Fundação Cultural do Município de Belém (Fumbel).
Xirley Tão, atriz, dubladora e performerAlém das apresentações de música, dança, performances e entrega de prêmios, a Festa da Chiquita também ofereceu uma feira gastronômica e artesanal para os visitantes, com camisas exaltando a importância da diversidade, bijuterias e lembranças.
“São 43 anos ininterruptos que fazemos a Festa da Chiquita, já que, mesmo na pandemia, ela ocorreu por meio de uma live. Este é um espaço de luta, é onde os revolucionários se encontram para festejar a alegria, a liberdade, o amor e a vida”, afirma Eloy Iglesias, artista paraense, ícone da Festa da Chiquita.
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Agência Belém
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