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Poder

Sem PT, PSOL e CUT, atos do MBL contra Bolsonaro ficam esvaziados

Protestos têm presença de manifestantes vestidos de branco e carros de som do grupo liderado por Kim Kataguiri (DEM-SP)

Manifestação de 12/09 em Belém do ParáAs manifestações convocados pelo Movimento Brasil Livre (MBL) e pelo Vem Pra Rua (VPR) neste domingo (12) contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) começaram esvaziadas pela manhã. Os atos não tem a presença do maior partido de oposição, o PT, das principais centrais sindicais do país e de movimentos populares do campo da esquerda.

Belo Horizonte (MG), Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP) estão entre as capitais em que ocorreram protestos pela manhã. Nenhuma delas registrou grande presença de público. Os manifestantes foram, em sua maioria, vestidos de branco.

Nas três cidades, imagens publicadas nas redes sociais mostram carros de som com representantes do MBL fazendo discursos. As movimentações reúnem também outros líderes de centro e de direita que romperam com o governo Bolsonaro.

Em Belém, aparentemente o aparato policial era maior do que o número de participantes.

Em São Paulo (SP), onde o ato está marcado para a Avenida Paulista, às 14h, manifestantes começam a se reunir em frente ao MASP (Museu de Arte de São Paulo) tradicional ponto de concentração de atos na cidade. O protesto deve reunir possíveis candidatos à presidência em 2022, representando a chamada "3ª via", como João Amoêdo (Novo), Alessandro Vieira (Cidadania), Simone Tebet (MDB), Ciro Gomes (PDT), Luiz Henrique Mandetta (DEM) e André Janones (Avante).

Esquerda recusa participação

Os atos do MBL e do Vem Pra Rua foram inicialmente convocados contra Bolsonaro e, também, contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para facilitar a adesão de partidos, movimentos e lideranças à esquerda, os grupos decidira, mudar a proposta da manifestação. Agora, a afirmação é que a única bandeira é o impeachment do atual presidente. A guinada, contudo, não convenceu os principais grupos da esquerda.

Entre as centrais sindicais, somente a Força Sindical, UGT, CSB e Nova Central decidiram convocar seus filiados às manifestações. A principal central do país, a CUT, não irá aos atos.

Nos movimentos populares de esquerda também não haverá adesão. Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Coalizão Negra por Direitos, Uneafro, Central dos Movimentos Populares (CMP), entre outros, anunciaram que não estarão na avenida Paulista neste domingo.

O PT e o PSOL também não vão aos atos. As direções das duas siglas se disseram contrárias à possibilidade de engrossar os atos liderados pelo grupo do deputado federal Kim Kataguiri (MBL-SP). A deputada estadual Isa Penna (PSOL) contrariou a própria sigla e confirmou presença na manifestação.

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Brasil de Fato