IBOVESPA 107.398,97 −6.278,28 (5,52%)

Poder

Fora Bolsonaro mobiliza Belém em mais um ato pela saída do presidente

Com bandeiras do Brasil e faixas de protestos, os manifestantes criticaram a forma que a pandemia foi ignorada pelo governo federal

Ato em Belém reuniu manifestantes na Praça da RepúblicaPedido de mais vacina, auxílio emergencial, geração de emprego, respeito à educação foram as principais reivindicações da manifestação nas ruas do centro da capital paraense na manhã deste sábado, 4, em ato pela democracia e contra a política do governo federal na pandemia da covid-19, pois o Brasil já contabiliza quase 600 mil mortes. Por isso, os manifestantes também foram às ruas da cidade para exigir o impeachment do presidente Jair Bolsonaro. 

Representantes de sindicatos de classe, estudantes, professores, movimentos sociais, partidos políticos e trabalhadores em geral, se concentraram desde às 8h na Praça da República, seguindo depois até o Mercado de São Brás. Apesar do grande número de pessoas na passeata, os manifestantes respeitaram o distanciamento e usaram máscaras para evitar contágio e a disseminação do novo coronavírus. O ato ocorreu de forma pacífica.

Deuzuíta Carneiro, 54 anos, professora da rede estadualCom bandeiras do Brasil e faixas de protestos, os manifestantes criticaram a forma que a pandemia foi ignorada pelo governo federal, deram apoio à CPI da Covid, que investiga os casos de corrupção que envolve os gestores federais da pandemia, e cantaram palavras de ordem durante todo trajeto. 

Mais de meio milhão de brasileiros morreram de covid-19

Mais de meio milhão de brasileiros morreram de covid-19 desde o começo da pandemia. Ao menos 95 mil vidas poderiam ter sido salvas, segundo cálculos conservadores do epidemiologista Pedro Hallal, da Universidade Federal de Pelotas (RS). Ou seja, os números podem ser maiores, mas essas doses de vacinas poderiam evitar no mínimo 1 em cada 5 mortes, se considerarmos que 496 mil pessoas morreram oficialmente de covid-19 no Brasil até o fim de maio de 2021 e até esse mês de julho já somam 548 mil mortes.

Silvia machado, 59 anos, funcionária pública,  luta pela democracia no país desde os tempos da ditadura militar e relata que nunca imaginou ter que viver novamente tempos tão sombrios quanto os que vivemos hoje. "Ninguém aguenta mais esse genocida no poder, as pessoas estão sendo massacradas por causa da ganância, preconceito e incompetência desse governo negacionista". 

José Freitas, 57 anos, servidor público da Guarda MunicipalLuta por moradia 

José freitas, 57 anos, servidor público da guarda municipal de Belém,  faz parte do movimento de luta por moradia e participou da passeata para representar cada cidadão que batalha por moradia no país. "Bolsonaro interrompeu o programa minha casa minha vida, assim como os direitos dos servidores públicos que foram para o lixo por esse governo. Também faço parte do conselho nacional do movimento de policial  anti-facismo, temos uma organização empenhada em derrubar o Bolsonaro e mostrar que nem todo policial é corrupto, sabemos que muitos são os escândalos de militares no governo Bolsonaro, mas também tem uma parte que luta para defender o povo e não compactua com esse governo nem com a corrupção" relatou José Freitas.

__________

Agência Belém