A Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (Semas) realizou, nesta quarta e quinta-feira (14 e 15), vistoria técnica para o acompanhamento dos serviços de reflutuação do navio Haidar, submerso e encalhado junto ao Píer 302 no Porto de Vila do Conde, no município de Barcarena, mesorregião metropolitana de Belém. O serviço é executado pela empresa Superpesa, contratada mediante licitação pelo Ministério da lnfraestrutura. A vistoria será feita semanalmente pela Semas. A expectativa é de que o navio seja totalmente retirado até outubro.
Além da Semas, a operação de vistoria conta com participação de Marinha do Brasil, Companhia Docas do Pará (CDP), Capitania dos Portos e Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), por intermédio de empresa especializada em vistoria, contratada pelo Dnit.
"A Superpesa apresentou à Semas o Plano de Controle Ambiental (PCA) e o Plano de Emergências Individuais (PEI). E após o processo de análise, a secretaria emitiu autorização para os serviços de reflutuação, verticalização e varação do navio, além de efetuar monitoramento do impacto da operação na biota (flora e fauna) aquática. Acompanhamos os trabalhos de descolamento do navio do fundo do rio e de emergi-lo parcialmente. Continuamos vistoriando até a conclusão de todas as fases da operação", afirmou o titular da Semas, Mauro O'de Almeida.
“O serviço de reflutuação está sendo realizado através de injeção de ar no casco do navio, e conta com apoio de boias e embarcações. As operações são realizadas mediante inspeção subaquática e acontecem de forma gradativa, onde há uma equipe de prontidão para qualquer eventualidade, e de acordo com condições operacionais e climáticas. Após a conclusão do serviço de reflutuação, a operação segue em suas etapas seguintes: retirada, avaliação e destinação final, o que deve ocorrer até outubro deste ano”, afirma o diretor da Diretoria de Licenciamento Ambiental, da Semas, Marcelo Moreno.
Os trabalhos para a retirada do navio Haidar do fundo do rio Pará começaram em fevereiro e a soltura foi concluída no início de junho, pelo Dnit. A ação foi necessária para a execução das etapas seguintes do serviço de reflutuação. Com a retirada da embarcação, a trafegabilidade na área será retomada.
Relembre o caso
O Haidar, navio de bandeira libanesa naufragou no porto de Vila do Conde, em Barcarena, no dia 6 de outubro de 2015. A embarcação transportava cinco mil bois vivos e 700 toneladas de óleo para a Venezuela. A grande maioria dos animais a bordo morreram afogados.
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Agência Pará
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