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Poder

Em meio a denúncias de corrupção, pesquisas mostram rejeição recorde de Jair Bolsonaro

Segundo pesquisa Ipsos, 59% das pessoas que não votariam nele de jeito nenhum; CNT/MDA mostra rejeição de 61,8%

O presidente foi alvo de protestos em todo o país no último sábado (3), e de um superpedido de impeachment protocolado na última quarta-feira (30) Pesquisa Ipsos encomendada pelo DEM mostrou, nesta terça-feira (6), que Bolsonaro é o nome mais rejeitado para a disputa eleitoral em 2022. O levantamento mostrou que 59% das pessoas que não votariam nele de jeito nenhum.

Em outra pesquisa divulgada na segunda-feira (5), o levantamento CNT/MDA mostrou uma rejeição ainda maior: 61,8% dos entrevistados disseram que não votariam nele de jeito nenhum.

O aumento da rejeição de Bolsonaro aparece nas pesquisas após denúncias de corrupção envolvendo a compra de vacinas contra a covid atingirem seu governo. O presidente foi alvo de protestos em todo o país no último sábado (3), e de um superpedido de impeachment protocolado na última quarta-feira (30) no Congresso Nacional. 

Lula aparece como favorito

Lula ganharia do atual presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em um possível segundo turno, por 58% a 25%, segundo a pesquisa Ipsos. Brancos e nulos somariam 13% e 4% não responderam.

A rejeição ao ex-presidente é a menor entre os candidatos: 33%. O governador de São Paulo João Doria (PSDB) aparece com rejeição de 54%, o ex-ministro Sergio Moro aparece com a mesma rejeição do ex-ministro Luiz Mandetta (47%) e o ex-governador Ciro Gomes tem 45%.

Se Bolsonaro fosse para o segundo turno com outros nomes, a situação seria um pouco diferente. Votos brancos e nulos superariam 30% e o atual presidente perderia a eleição para Sergio Moro, com 29% a 27%, e para Ciro Gomes, com resultado de 30% a 29%. 

Bolsonaro só conseguiria ganhar em um segundo turno contra Mandetta, por 29% a 24%, e de Tasso Jereissati, com 31% contra 20%.

Segundo a pesquisa CNT/MDA divulgada na segunda-feira (5),  35,4% dos entrevistados dizem que votariam em Lula com certeza. Além disso, 17,1% falaram que “poderiam votar” no ex-presidente, o que representa um potencial de votos de 52,5%.

A pesquisa também mostrou que a rejeição a Lula alcançou 44,5%, o que representa a menor taxa de rejeição entre os seis nomes pesquisados.

Bolsonaro teve a rejeição mais alta: 61,8% dizem que não votariam nele de jeito nenhum. Depois dele, o candidato mais rejeitado é o governador de São Paulo, com 57,9%. Moro obteve rejeição de 56,7%, Ciro teve 42,4% e Mandetta apareceu com 51,5%.

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Brasil de Fato