Alguns dos recursos pedagógicos especiais utilizados para a educação de alunos surdocegos nas duas escolas que atendem em BelémMicaele Pinheiro, 22 anos, começou a perder a visão e a audição aos 13 anos, quando ainda não tinha completado o ciclo de alfabetização. Atualmente, ela aprende o alfabeto em Braille e recebe estímulos nos resíduos visuais na Escola Estadual José Álvares de Azevedo, uma das duas unidades educacionais Especializadas (UEEs) mantidas pelo governo do Pará em Belém. Jacirema Pinheiro, mãe de Micaele, diz que o ingresso da filha na unidade foi um divisor de águas.
“O Álvares Azevedo é uma escola muito boa; quando matriculamos ela na unidade, começou a desenvolver a interação com as pessoas rapidamente e, agora, minha filha está sendo alfabetizada e todo o suporte pedagógico está sendo disponibilizado para que a Micaele possa aprender”, detalha a mãe da aluna.
O progresso de Micaele é uma boa razão para celebrar o Dia Internacional da Pessoa Surdocega, neste domingo, 27 de junho, data do nascimento da escritora e ativista social norte-americana, Helen Keller, a primeira pessoa nessa condição a ingressar no Ensino Superior.
Além da Micaele, o espaço de aprendizagem também atende mais duas pessoas com perda sensorial dupla. A assistência é feita de acordo com as necessidades específicas de cada aluno.
O José Álvares de Azevedo, em Batista Campos, disponibiliza o Atendimento Educacional Especializado por meio das complementações curriculares específicas e necessárias à educação, no que se refere às vivências de Orientação e Mobilidade (OM), Atividades da Vida Autônoma e Social (AVAS), Soroban (é o ábaco japonês, que consiste em um instrumento para cálculo), além da comunicação em Braille. A unidade também oferece assessoramento técnico-pedagógico aos professores da rede regular de ensino, para a elaboração de planos de atendimentos adequados às necessidades individuais dos alunos com deficiência visual.
ASTÉRIO DE CAMPOS
Na capital, a Coordenação de Educação Especial (Coees) da Seduc também supervisiona o trabalho na escola Prof. Astério de Campos e, no interior, o aluno pode solicitar o suporte das salas de Atendimento Educacional Especializado (AEE), que oferecem todos os recursos pedagógicos para o ensino.
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Agência Pará
16/10/2024 | 12:05
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