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Poder

TCU desmente Bolsonaro, e Brasil passa dos 474 mil mortos por covid

País registrou 1.010 mortes nas últimas 24h; presidente usou dados falsos atribuídos ao TCU para reduzir os números

Em meio aos mortos, presidente tenta usar dados falsos para reduzir o tamanho da tragédiaO Brasil registrou 1.010 mortos por covid-19 nas últimas 24 horas. Com o acréscimo, o total de vítimas no país chegou a 474.414 desde o início da pandemia, em março de 2020. Os dados foram notificados pelos estados e consolidados pelo Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass). Além das mortes, o dia ficou marcado por mais uma mentira do presidente Jair Bolsonaro sobre os efeitos da pandemia do novo coronavírus.

Pela manhã, Bolsonaro disse a apoiadores no “cercadinho” do Palácio da Alvorada que “em torno de 50% dos óbitos por covid no ano passado não foram por covid”. Bolsonaro chegou a afirmar que teria em mãos um relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) que comprovaria sua fala.

Entretanto, o órgão desmentiu o presidente em nota divulgada no fim da tarde. “O TCU esclarece que não há informações em relatórios do tribunal que apontem que ‘em torno de 50% dos óbitos por Covid no ano passado não foram por Covid’, conforme afirmação do Presidente Jair Bolsonaro divulgada hoje”, diz o tribunal. Mesmo desmentindo, o órgão foi criticado pela demora em desconstruir a narrativa do presidente.

Na noite do último domingo (6), o vice-presidente da CPI da Covid, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou que a conduta de Bolsonaro não se trata de mero equívoco científico ou de gestão. Em entrevista ao programa Revista Brasil TVT, o senador afirmou que o interesse do governo Bolsonaro em promover foi motivado “por dinheiro”. “Esse negócio que a hidroxicloroquina era isso, era aquilo (sobre eficácia contra a covid), negativo! Era dinheiro (…) Vou ser mais claro: corrupção. Passando a mão. Esquema! (Foi utilizada) Advocacia administrativa. Nós temos provas disso na CPI”, afirmou. Assista aqui.

Números

O número de casos confirmados se aproxima de 17 milhões. Os dados apontam para 16.984.218, com acréscimo de 37.156 no último período. Os números desta segunda-feira (7) são considerados elevados. Especialmente porque nos dois primeiros dias da semana, existe uma defasagem nos dados relacionada ao menor número de trabalhadores da medicina diagnóstica atuantes aos domingos.

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Brasil de Fato