O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, é alvo de uma operação de busca e apreensão da Polícia Federal, que ocorre nesta quarta-feira (19/05) no âmbito de uma investigação sobre exportação ilegal de madeira para a Europa e os Estados Unidos. Além de endereços ligados ao ministro, os agentes estiveram também na sede do Ministério do Meio Ambiente.
A Operação Akuanduba apura se agentes públicos e empresários do ramo madeireiro teriam praticado crimes de corrupção, advocacia administrativa, prevaricação e facilitação de contrabando. A Polícia Federal cumpre 35 mandados de busca no Distrito Federal, São Paulo e Pará.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorizou os mandados de busca e determinou o afastamento de dez agentes públicos que ocupam cargos de confiança no ministério e no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Entre os afastados está o presidente do Ibama, Eduardo Bim.
O STF autorizou ainda a quebra de sigilo bancário de Salles e servidores do Ibama. Alexandre de Moraes também suspendeu um despacho do instituto, emitido em fevereiro do ano passado, que possibilitou a exportação de produtos florestais sem a necessidade da emissão de autorizações.
De acordo com a PF, o despacho teria sido elaborado a pedidos de empresas com cargas apreendidas no exterior e teria regularizado mais de 8 mil cargas de madeira de origem ilegal.
A investigação com em janeiro após o recebimento de informações enviadas por autoridades estrangeiras sobre um "possível desvio de conduta de servidores públicos brasileiros no processo de exportação de madeira".
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DW
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