O retorno do atendimento exclusivo para Covid-19 na Policlínica Metropolitana é uma das estratégias do Estado no combate à pandemia na RMBA Procuradoria-Geral do Estado (PGE) enviou na sexta-feira (5), ao Ministério Público do Estado (MPPA), por meio do ofício nº 1432/2021-PGE-GAB, resposta à recomendação feita pelo órgão para a suspensão total do funcionamento de serviços não essenciais em Belém e demais municípios da Região Metropolitana 1, que inclui Ananindeua, Marituba, Benevides e Santa Bárbara do Pará, e criação e ampliação de leitos clínicos e de UTI nos hospitais de referência para o tratamento da Covid-19.
No documento, a PGE esclarece que o aumento de leitos já vem sendo realizado em diversas regiões do Estado, especialmente na RMB, e que ainda não há, neste momento, recomendação técnica para a adoção de lockdown. Também ressalta que o governo do Estado monitora diariamente o cenário do contágio pelo novo coronavírus em todo o território paraense, por meio do Centro Estratégico de Vigilância em Saúde (Cievs), que funciona em consonância com as regionais da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) e os municípios.
Ampliação de leitos para pacientes de Covid-19 no Hospital de Clínicas de Ananindeua“Estamos em alerta para qualquer indicativo de aumento de casos. Recebemos a recomendação do MPPA e fizemos a análise. No entanto, não foi possível avaliar os motivos que levaram o órgão a sugerir as medidas, visto que o documento chegou desacompanhado de parecer técnico/científico que as justificassem, apenas estando embasadas em matérias jornalísticas”, explicou o procurador-geral do Pará, Ricardo Sefer.
Ainda no ofício, a Procuradoria-Geral frisou que a pandemia vem sendo acompanhada e, a qualquer momento, as medidas de restrição de circulação e bandeiramento, hoje vigentes pelo Decreto Estadual 800/2020, poderão ser mantidas ou revistas.
Bandeiramento vermelho – No último dia 3 de março, o Governo do Pará alterou para vermelha a cor do bandeiramento em todas as regiões paraenses, indicando situação de alerta máximo e evolução acelerada da contaminação pelo novo coronavírus, e tornando mais restritiva a abertura de setores econômicos e sociais, bem como a circulação de pessoas no Estado.
“A medida é para evitar que o Estado chegue ao extremo do lockdown, mas esta determinação deve ser analisada nos próximos dias. As futuras determinações vão dependendo de como os índices responderão à primeira semana em bandeira vermelha, com proibições mais rigorosas”, reiterou o procurador-geral.
Leitos exclusivos – Ainda segundo o ofício enviado ao Ministério Público, novas ações vêm sendo realizadas pelo governo estadual. Entre elas, a ampliação de leitos exclusivos para Covid-19 em todo o território paraense, anunciada na noite da última quinta-feira (4). Com a ampliação, o Estado passa a contar com 1.270 leitos exclusivos, até o momento, sendo 234 a mais que o número disponibilizado anteriormente.
Especificamente para a RMB, o governo do Estado anunciou a abertura total do Hospital de Campanha de Belém, no Hangar, chegando a 420 leitos, sendo 300 clínicos e 120 de UTI (Unidade de Terapia Intensiva); a retomada do atendimento para pacientes de Covid no Hospital Regional de Castanhal, que passa a atuar com 100 leitos para o tratamento da doença, sendo 60 clínicos e 40 de UTI, e a oferta de mais 20 leitos exclusivos na Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará.
Em Marabá, na região Sudeste, haverá a ampliação gradual no número de leitos. Ao longo desta semana, o município contará com mais 44 leitos para pacientes de Covid. O mesmo ocorrerá em Altamira, no Oeste, que contará com mais 30 leitos, e em Redenção (no Sul), que vai ter seu número acrescido em mais 10 leitos.
Idoso vacinado contra Covid em Belém.A primeira dose já foi aplicada em mais de 168 mil integrantes dos grupos prioritários no Estado.Vacinação – Paralelamente às ações de enfrentamento à doença em todas as regiões, o Pará executa o Plano Estadual de Vacinação. O Estado recebeu, até o momento, 481.040 doses de vacinas contra a Covid-19, enviadas pelo Ministério da Saúde, e já aplicou a primeira dose em 168.730 pessoas dos grupos prioritários, indicados pelo Plano Nacional de Imunização. De acordo com o levantamento da Sespa, a segunda dose já foi aplicada em 64.928 pessoas.
“Tudo indica que haverá uma queda considerável no número de óbitos de pessoas maiores de 70 anos, já que estamos dando andamento à vacinação deste grupo, cuja incidência de óbitos diários era maior, da mesma forma que aconteceu com as pessoas com idade acima de 80 anos”, enfatizou Ricardo Sefer.
Policlínica no estacionamento do Hangar, ao lado do Hospital de Campanha, registra a média de 300 atendimentos diáriosMedidas essenciais – Outra medida essencial tomada pelo governo do Estado, no último sábado (06), foi a retomada do atendimento exclusivo a pacientes infectados pelo novo coronavírus na Policlínica Metropolitana, em Belém. A expectativa é fazer, diariamente, 600 atendimentos na unidade, dando apoio aos municípios da RMB ao receber pessoas que buscam assistência na fase inicial da doença, com sintomas leves e moderados, e assim reduzindo a pressão sobre a rede municipal de saúde pública.
Com mais este serviço, de acordo com o ofício enviado ao MPPA, a Sespa está garantindo 1.650 atendimentos diários em Belém e demais municípios da Região Metropolitana, de forma descentralizada. São 300 atendimentos diários na Policlínica localizada no estacionamento do Hangar, ao lado do Hospital de Campanha; 300 na Policlínica instalada na Arena Guilherme Paraense, o “Mangueirinho”; 250 no Núcleo de Esporte e Lazer (NEL), e mais 200 na Policlínica itinerante, que leva o atendimento direto aos bairros e distritos da capital.
“O governo do Estado tem publicado nos perfis da Sespa e do Governador comunicados oficiais sobre as medidas de precaução que devem ser adotadas por toda a população, advertindo sobre as consequências do descumprimento das medidas. Além disso, o Estado vem reunindo todos os esforços ao enfrentamento da pandemia com orientações técnicas referentes ao distanciamento social e ao funcionamento seguro de serviços públicos essenciais”, finalizou o procurador-geral do Estado.
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Agência Pará
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