Posse de Biden ocorreu com tranquilidade, mas EUA precisam ficar atentos a extremismo

O presidente dos EUA, Joe Biden, e a vice Kamala Harris se cumprimentam batendo os pulsos durante a posse realizada nesta quarta-feira (20) no Capitólio, em Washington, DC Com forte esquema de segurança, a posse do democrata Joe Biden e de sua vice Kamala Harris aconteceu com tranquilidade nesta quarta-feira (20) em Washington. A jornalista Eloá Orazem acompanhou a posse para o Brasil de Fato.

Em live realizada no início da noite, ela ressaltou o esquema de segurança inédito no país, com 25 mil seguranças para garantir a posse presidencial, depois do incidente da invasão de Capitólio no início do mês por grupos extremistas apoiadores de Trump, durante o evento de certificação da vitória de Joe Biden.

A jornalista destaca, no entanto, que o fato de que a posse tenha ocorrido com tranquilidade não significa o fim das hostilidades por parte da oposição.

"Não é porque hoje a gente não viu cenas de violência que os atritos acabaram. A gente tem que ficar atento e olhar como a oposição vai se posicionar. A gente não sabe direito pra onde vão os que não concordam com esse novo governo", analisou Orazem.

Nova gestão

Entre as primeiras ações do novo presidente dos EUA está o combate à covid-19, que já vitimou mais de 400 mil cidadãos estadunidenses. 

"Ele quer propor que as máscaras sejam obrigatórias pelo menos nesse começo, o que não acontece em muitos estados, e prometeu distribuir 100 milhões de doses de vacina nos primeiros dias de governo", informou a jornalista.

Entre os pontos da nova gestão que dividem o eleitorado estadunidense está a política de imigração, que toma o caminho oposto da política adotada por Donald Trump.

Biden anunciou uma proposta de garantir acesso à cidadania para os migrantes em um período de oito anos. "Essas pessoas estavam marginalizadas e ele está dando uma solução, mas na região central do país existe uma aversão aos imigrantes", ressaltou Orazem. 

Kamala Harris

Celebrada como a primeira mulher negra a assumir a vice-presidência dos EUA, Kamala Harris não faz parte da ala mais progressista do partido democrata.

"Embora todo mundo comemore o fato de uma mulher negra sentar na cadeira de vice, muita gente não está feliz com essa história. O histórico da Kamala Harris não condiz com essa postura que ela adota agora. Quando promotora ela aplicava medidas muito duras contra pequenos crimes. Tinha uma mão muito rígida", ressalta a jornalista.

Ela aponta que, pela idade avançada, 78 anos, Biden não deve tentar a reeleição daqui a quatro anos e Harris "muito provavelmente será a próxima candidata democrata".

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^{Agência Pará}