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Advogados que atuaram na Lava Jato são denunciados por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro

Os sócios Antônio Augusto de Figueiredo Basto e Luiz Gustavo Rodrigues Flores prestaram serviços para réus que fizeram acordos de colaboração, homologados pelo ex-juiz Sérgio Moro

Figueiredo Basto (à direita)Antônio Augusto de Figueiredo Basto, advogado criminalista, e seu sócio, Luiz Gustavo Rodrigues Flores, conhecidos por terem atuado na Lava Jato, foram denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF) por exploração de prestígio e tráfico de influência qualificado, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. As informações estão em reportagem de Chico Otávio, de O Globo.

Ambos prestaram serviços para réus que fizeram acordos de colaboração, homologados pelo ex-juiz Sérgio Moro. Eles são acusados de terem recebido US$ 3,9 milhões, entre 2006 e 2013 (US$ 50 mil por mês, por 78 meses), cobrados de Dario Messer, chamado de o “doleiro dos doleiros”. O valor representava uma taxa de proteção.

De acordo com informações do MPF, os acusados disseram a Messer que o dinheiro seria usado para pagar propina a autoridades, entre elas o procurador regional da República, Januário Paludo, em troca de benefícios ao doleiro. No entanto, ainda segundo o MPF, os advogados ficaram com o dinheiro.

As investigações apuraram, ainda, que o doleiro Marco Antônio Cursini, cliente dos advogados criminalistas, era responsável por operar as quantias ilícitas dos sócios.

Justiça do Rio

Em fevereiro de 2020, uma investigação movida contra o advogado Figueiredo Basto já esteve perto de levar a Justiça Federal do Rio de Janeiro a um esquema de propina, que envolvia réus delatores, o advogado e integrantes da força-tarefa da Lava Jato.

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