O Pará registrou o maior índice de cobertura vacinal contra a febre aftosa dos últimos três anos na etapa Marajó, com 99,57% do rebanho vacinado e 98,07% de propriedades imunizadas.
A atual campanha de vacinação do Marajó teve como alvo 15 municípios do arquipélago, conhecido pelo grande rebanho de bubalinos, com mais de 300 mil búfalos. Em 2019, a Adepará teve uma cobertura vacinal de 98,2% nesta mesma etapa. Atualmente, as 15 cidades municípios somam 252.554 bovinos e 384.318 bubalinos, totalizando 636.873 de animais.
“Quero deixar registrado que este trabalho é fruto do desempenho dos servidores que fazem a Adepará. Estamos trabalhando para que a Agência mostre os melhores resultados já alcançados e os dados têm nos provado que estamos no caminho correto. A campanha do Marajó é mais uma evidencia deste trabalho que estamos desempenhando, pois foi a melhor cobertura já alcançada, com quase 100 % dos animais vacinados. Estou muito feliz e agradeço aos serviços da Agência por mais esta conquista” - Jamir Macedo, diretor geral da Adepará.
A campanha de vacinação contra a febre aftosa no arquipélago do Marajó teve um período de imunização de 60 dias, entre 15 de agosto e 15 de outubro, prazo para comprar a vacina do rebanho. Após a vacinação, os produtores tiveram até dia 30 de outubro para a notificação da vacinação.
Campanhas – Em 2019, a Agência registrou 98,02% de rebanho vacinado e 96,53% propriedades vacinadas. Já em 2018, foram vacinados 99,15% do rebanho e 97,17% de propriedades. Em 2017, o total foi de 97,92% de rebanho vacinado e 94,9% de propriedades vacinadas.
Macedo informa que a vacinação é um trabalho realizado em conjunto, que necessita da união de esforços dos servidores, dos produtores e das instituições ligadas à pecuária. Ele destaca ainda que para os produtores rurais que têm rebanho com até 20 cabeças, a Adepará disponibiliza a vacina de forma gratuita, o que é chamado de agulha oficial. Segundo as normas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o serviço objetiva garantir assistência às comunidades carentes, e possibilita certificar a aplicação da vacina na totalidade dos animais existentes em determinadas propriedades rurais.
A Agência também realiza a vacinação assistida, que é quando ela é realizada sob a supervisão de fiscais agropecuários da Adepará. O produtor rural é o responsável pela imunização do seu rebanho e deve adquirir a vacina dentro do prazo regulamentar da etapa em uma revenda cadastrada pela Agência. Após a compra e imunização, o produtor precisa ir ao escritório da Agência comprovar a vacinação.
Em maio de 2018, o Pará deu um passo importante na garantia da qualidade da carne paraense e na eficácia da preservação da sanidade dos animais, quando recebeu o reconhecimento internacional de área 100% livre da febre aftosa, durante a programação da 86ª Assembleia Geral da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), em Paris, na França. A entrega ocorreu em conjunto com outros estados brasileiros que também alcançaram a certificação, como Amapá, Amazonas e Roraima.
O Plano Estratégico do Programa Nacional de Febre Aftosa (PNEFA) objetiva criar e manter condições sustentáveis para garantir o status de país livre de aftosa e ampliar as zonas de status livre da doença sem vacinação. Para realizar a transição dos status sanitários, foram considerados critérios técnicos e estratégicos. A união dos esforços públicos e privados, a infraestrutura dos serviços veterinários e os fundamentos técnicos são a base para a conquista.
A retirada da vacinação representará uma economia de R$ 60 milhões para os produtores e também contribuirá de forma positiva para a cadeia produtiva do Estado. O Pará livre da febre aftosa sem vacinação vai garantir a abertura de mercados em todo o mundo.
“O Pará está pronto para chegar ao status de livre da aftosa sem vacinação. Para isso, a Adepará está empenhada em alcançar esse objetivo. Temos apoio do setor produtivo na construção e execução dessas atividades. É um trabalho conjunto das instituições ligadas à pecuária, como o Ministério da Agricultura e Emater, em prol de um único objetivo”, pontua o diretor geral.
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Agência Pará
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