Amapá enfrenta desabastecimento de energia elétrica desde 3 de novembro, quando incêndio em subestação gerou apagão em 14 dos 16 municípios do estadoO Amapá sofreu um novo corte de energia na noite desta terça-feira (17). A informação foi divulgada pelo líder da oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), por volta das 21 horas, pelo Twitter. O parlamentar pressionou para que sejam dadas explicações sobre o desabastecimento.
“Atenção, estamos novamente com apagão total no Amapá. É urgente um esclarecimento das autoridades responsáveis sobre o que aconteceu neste momento”, disse o senador, que tem base no estado e mora na capital, Macapá (AP).
O Ministério de Minas e Energia informou que houve uma instabilidade na rede de fornecimento elétrico, prometeu investigar as causas e disse que o sistema seria restabelecido gradualmente.
Segundo Daniel Lima, um dos organizadores do movimento SOS Amapá, houve instabilidade após o novo apagão total, parte do abastecimento chegou a ser restabelecida, mas a energia continuou instável e voltou a cair
"Estamos muito apreensivos. Minha mãe já está enchendo a caixa, estocando água, porque a gente está com muito medo."
O presidente do Conselho Estadual de Saúde do Amapá, Kliger Campos, confirmou, por volta das 22 horas, que a energia havia sido cortada às 21 horas em Macapá (AP). "A princípio, a gente pensava que havia sido só aqui no centro, mas, pelos grupos de whatsapp, soubemos que o apagão foi no estado inteiro", conta.
O Amapá vive uma crise de fornecimento elétrico desde o ultimo dia 3, quando 13 dos seus 16 municípios tiveram o serviço de energia elétrica interrompido. A pane surgiu após um incêndio atingir a subestação de Macapá. A população ficou no escuro durante quatro dias seguidos, até que medidas paliativas começaram a promover um retorno parcial e gradual da energia, cujo fornecimento ainda não foi 100% normalizado. Os moradores têm vivido sob um esquema de rodízio no abastecimento.
A crise tem gerado protestos nas ruas, nas redes sociais e também no ambiente político e jurídico, onde diferentes medidas foram tomadas, incluindo ações de indenização para comerciantes e população em geral.
Empresas
O Brasil de Fato tentou ouvir a Gemini Energy, companhia que tem 80,4% de participação nas linhas de transmissão envolvidas no problema. Por meio de sua assessoria de imprensa, a organização disse que a pane precisa ser confirmada “com as autoridades”.
“Não há nenhum problema no transformador da subestação LMTE, que segue disponível desde a reenergização, em 7 de novembro, e vem operando com alta performance”, afirma a nota enviada ao Brasil de Fato.
A reportagem também procurou a Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA), mas a assessoria da empresa disse ainda não ter informações oficiais sobre o caso.
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Agência Pará
18/11/2024 | 20:24
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