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'Eu não posso descartar a hipótese de Belém ficar igual a Manaus', diz Hélder Barbalho

Barbalho diz que municípios estão falhando e critica governo federal pela falta de ajuda: “Basta eles terem a mesma sensibilidade que têm com os bancos”

Em meio a um cenário de colapso do sistema de saúde e abertura de covas coletivas para enterrar as vítimas em Manaus, no Amazonas, do novo coronavírus, o governador do Pará, Hélder Barbalho (MDB), disse que a situação de seu estado é "gravíssima" e que a capital, Belém, pode repetir as cenas de Manaus.

"Eu não posso descartar essa hipótese de Belém ficar igual a Manaus. Nós estamos em um momento muito crítico. Situação gravíssima, principalmente porque temos aqui a falência da porta de entrada, o que acabou por rapidamente agravar a situação das UTIs. As unidades básicas de saúde (municipais) não estão cumprindo com o papel de orientação, fundamentalmente na região metropolitana", disse o governador em entrevista ao blog do jornalista Matheus Leitão no site da revista Veja.

Hélder Barbalho criticou o ministro da Economia, Paulo Guedes, e pediu que o governo Bolsonaro tenha "a mesma sensibilidade que tem com bancos e banqueiros" para lidar com a situação dos estados, se referindo ao pacote financeiro proposto pelo governo.

"Eu acho que há um equívoco por parte do ministério de economia de avaliar neste momento de crise, de dor, de perda, que recomposição de ICMS, recomposição do ISS, e de outros impostos, possa ser interpretado como bomba fiscal", disse Barbalho.

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247 / Veja