Ex-presidente Evo Morales [esq.] ao lado do candidato e ex-ministro Luis ArceFoi encerrada oficialmente a votação das eleições para a Presidência da Bolívia e dado o início às apurações do voto, às 19h, de Brasília, neste domingo (18). Segundo Freddy Bobaryn, porta-voz do Movimento ao Socialismo (MAS) em La Paz, capital da Bolívia, o saldo geral foi positivo, com algumas ocorrências ilegais isoladas.
Um desses incidentes pontuais foi a presença de um apoiador de Carlos Mesa (Comunidade Cidadã), representante da direita tradicional, em um recinto eleitoral com votos marcados a favor de Mesa.
Ao Brasil de Fato, Bobaryn e Gladstone Leonel Jr., professor da Universidade Federal Fluminense (UFF) e especialista no constitucionalismo boliviano, fizeram um balanço sobre o pleito presidencial e falaram sobre o processo eleitoral um ano após o golpe de Estado que derrubou Evo Morales e levou à direita ao poder.
Para Leonel, “é uma grata surpresa” que não tenha ocorrido grandes problemas neste domingo. “Por outro lado, é importante lembrar que na última eleição, que não foi respeitado seu resultado, o maior problema se deu depois, na hora da contagem de votos. Houve um clima de instabilidade e de alegação de fraude, mas tempos depois se comprovou que não houve nenhuma fraude. Foi um subterfúgio para o golpe de Estado”, afirmou. Segundo o especialista, é necessário aguardar os próximos dias para ver as reações políticas.
Bobaryn ressaltou que o MAS está confiante em uma vitória ainda em primeiro turno, mas vai aceitar o resultado das urnas.
Todas as pesquisas apontam para a possibilidade de vitória de Luis Arce, do MAS, partido de Evo Morales. Para isso, o candidato precisa fazer mais de 40% dos votos e abrir 10 pontos percentuais sobre o segundo colocado. Nas últimas três pesquisas, a diferença para ex-presidente Carlos Mesa está entre 7 e 10,5 pontos. Resultado será divulgado durante a semana.
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Brasil de Fato
18/11/2024 | 20:24
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